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20 de jul. de 2011

O empate de Palmeiras e Flamengo

O jogo era cercado de uma atmosfera extremamente tensa. Kleber joga ou não joga? Jogou e mostrou tudo aquilo que é: bom jogador, mas com sério desvio psicológico. Para não falar de caráter.

No campo, o resultado foi justo: cada equipe teve um tempo em que foi superior. O Flamengo tentou ganhar no início. Teve mais posse de bola e foi mais ofensivo. Na etapa complementar, o Verdão foi melhor, mas esbarrou na falta de qualidade de seus jogadores e na boa marcação do meio de campo rubro-negro.  

No fim, um zero a zero justo.

No primeiro tempo: Fla foi ligeiramente melhor

A partida começou na atmosfera que se imaginava. Tensão era o que se respirava no Pacaembu. Prova disso foi a entrada de Marcos Assunção em Willians logo no primeiro lance da partida. Esse foi o destque inicial da partida: marcação.

Depois dos dez minutos iniciais,  o Flamengo conseguiu impor seu estilo. Com mais posse, o time de Luxemburgo criava mais do que o adversário. Aos 14', Aírton, aos trancos e barrancos, roubou uma bola, tabelou com Thiago Neves que devolveu e o "Caveirão" da Gávea retribuiu o passe, agora por elevação, Thiago Neves girou e mandou uma bicicleta da entrada da área. Marcos não teve dificuldade para defender. 

Aos 18' o lance de mais perigo da partida até então. Thiago Neves recebe um passe de Willians na entrada da área, dribla dois, e chuta de perna direita para boa defesa de Marcos. Um minuto depois, lance polêmico. Após chutão da defesa e indecisão entre Angelim e Wellinton, Kleber entra na área, divide com o zagueiro, recebe um tranco por trás e caí. Na minha visão, falta. Fora da área. 

Aos 22', Cicinho foge pela direita e toca para Kleber que dribla Wellinton e cruza para Maikon Leite. Ele chuta fraco para defesa de Felipe. Dois minutos depois, Marcos Assunção mostra sua qualidade na bola parada. Viu o Felipe adiantado e bateu no contrapé dele. Chute perigoso. Aos 30', escanteio para o Palmeiras. Mais uma vez Felipe está mal posicionado, Marcos Assunção bate fechado e quase faz o gol olímpico. Três minutos depois, Thiago Heleno bate falta muito forte. Na rede pelo lado de fora.

O Verdão equilibrava a partida, com mais posse de bola e movimentação de Maikon Leite e Luan pelos lados. No fim do primeiro tempo, em uma distração da zaga em batida de lateral, Maikon Leite recebe a bola na grande área e chuta para fora. Assim terminou o primeiro tempo.
Verdão melhor na segunda etapa

O segundo tempo começou muito movimentado. Logo no primeiro minuto, jogada trabalhada da equipe paulista pela direita até encontrar, na esquerda, Gabriel Silva que chutou mal. No minuto seguinte, Ronaldinho bateu uma falta e obrigou Marcos a fazer grande defesa. Lembrou a falta da Copa de 2002 contra a Inglaterra, só que com final foi diferente.

Cinco minutos depois, o veloz Maikon Leite rouba a bola na esquerda, dribla Léo Moura e cruza para Luan que chuta para fora. Na sequência, Thiago Neves toca para R10 que lança no “ponto futuro” para Renato Abreu que chuta muito mal.

Aos 11', Ronaldinho Gaúcho dá um pique para marcar pressão (coisa rara), Marcos toca para Cicinho que se enrola e divide com Júnior César, a bola sobra para Ronaldinho que chuta de cobertura para defesa espetacular de Marcos. Só que ele estava impedido. Uma pena. Foi o lance mais bonito do jogo.
O Verdão era melhor no segundo tempo. Muita movimentação e pressão na saída de bola carioca. Alias, chamar de saída de bola é um elogio. Willians, Renato e Aírton não conseguiram se aproximar de Deivid, R10 e Thiago Neves. Na maioria das vezes, o que aconteceu foi o famoso "chutão" para frente.

O jogo caiu muito na metade final do segundo tempo. Apesar de ter mais posse de bola, o Palmeiras esbarrou na falta de qualidade de muitas peças de seu time. Luan marca bem, compõe o campo defensivo, corre muito, mas é não é um finalizador, é pouco técnico. Márcio Araújo é um bom marcador. Só isso. Maikon Leite cansou. Ou seja, a equipe de Felipão dependia do avanço dos laterais ou de jogadas do Gladiador e da inteligência de Marcos Assunção.

Enquanto isso, o Fla só marcava. Willians, que na primeira etapa foi muito efetivo no ataque, cansou. Aírton não sobe bem ao ataque e Renato ficou preso na defensiva esquerda. Com exceção feita a uma grande defesa de Marcão, numa falta de Ronaldinho Gaúcho, o segundo tempo foi muito pobre de futebol. 

O Gladiador mostra sua "cara"

Já no fim do jogo, o Gladiador tumultuou. Após uma contusão de Júnior César, Leandro Vuaden parou o jogo. Bola ao chão. Normal. Depois de muita conversa, Kleber disse que iria devolver a bola, e, enquanto a defesa do Fla espera que a bola seja jogada para fora, o Gladiador corre pela esquerda e chuta para o gol. A confusão está armada. Não teve briga, mas se sai um gol... O jogo iria terminar.

Se fosse só a cotovelada... (Foto Ag. Estado)
Atitude de alguém que tem desvio de caráter, anti-ético, falta de fair play foi o que muitos afirmaram. Eu concordo e ainda acrescento: na minha visão, o que ele quis foi “jogar para a galera", refazer o "filme" dele com a torcida. Ganhar moral. São muitas as gírias, que dizem a mesma coisa.

Depois de toda confusão que ele armou, pedindo aumento  de salário (que conseguiu!) e fazer um drama sobre sua permanência no clube, ele arrumou a melhor maneira de ficar bem com a torcida: sendo malandro...

A torcida bateu palmas para a atitude dele.

O resto do mundo do futebol lamenta pelo desperdício de talento numa cabeça tão fraca.

No fim, todos perdem. Principalmente Kleber.

Pitacos sobre a Copa América

O Uruguai foi o primeiro favorito a vencer na fase decisiva da Copa América. Aguarda o jogo entre Paraguai e Venezuela, na noite dessa quarta (20), para a definição do seu adversário na final de domingo.

É o favorito, numa Copa América em que ser favorito não é bom sinal. 

A Celeste tem a oportunidade de se isolar como nação que mais venceu o torneio na história, atualmente está empatada com a Argentina com 14 títulos, tem o melhor jogador da última Copa, Fórlan, e o companheiro de ataque dele, é artilheiro da competição, Luís Suaréz, com três gols. Esses são alguns dos fatores que a colocam como a grande favorita.

É, indiscutivelmente, a melhor seleção dentre as que restaram. Pórem, num campeonato em que o Peru eliminou a Colômbia, a Venezuela venceu o Chile (melhor futebol na competição) e Brasil perdeu para o Paraguai, tudo é possível.

Paraguai X Venezuela

Paraguai é mais tradicional e tem melhores atletas que a Venezuela. Isso não é novidade.

Os reis do petróleo das américas já fizeram muito mais do que imaginavam ao eliminar o Chile, num jogo em que o ataque contra defesa foi mais intenso do que o da eliminação brasileira. É a melhor campanha da história deles. Estão no lucro.

Os Paraguaios também estão empolgados.Afinal de contas, eliminaram o Brasil nos penalties. Só que agora a situação é outra. 

Eles tem a obrigação de vencer, precisam de controlar o jogo. A tendência natural é que eles consigam, mas, com certeza, não será fácil.

Eu não me surpreenderia com uma vitória da equipe de Hugo Chávez. Para felicidade geral dos brasileiros vingativos. 

18 de jul. de 2011

Domingo de injustiça para o Brasil?

O futebol é fascinante. É o único esporte em que nenhuma equipe é obrigada a atacar. E algumas vezes, o time que só se defende, vence. Nesse fim de semana tivemos uma prova viva disso. O Brasil atacou, dominou completamente a partida.Foi a única equipe que buscou o gol no jogo, tanto é que o único lance de perigo dos paraguaios foi um cruzamento da esquerda para Haeldo Valdez, aos 12'30'' do segundo tempo da prorrogação.


Revendo os melhores melhores momentos da partida, contabilizei os lances de perigo de cada time. Foram, pelo menos, onze chances de gol para a seleção brasileira, e apenas uma, já explicitada no paragrafo anterior, para os adversários. Foram chutes de Robinho, de Paulo Henrique Ganso, de André Santos, três milagres de Justo Villar sobre Pato e a defesa paraguaia tirou duas bolas, após vencido o goleiro: uma de Neymar que driblou o goleiro e outra após uma cabeçada de Fred. Um massacre.

Domínio absoluto do Brasil, na melhor partida da equipe na competição, mas como gostam de dizer os superticiosos: "quem não faz, leva". E nos levamos, da pior maneira possível: nas penalidades máximas.

 
Na hora dos penalties, como diria o tricolor Nelson Rodrigues, o "Sobrenatural de Almeida" entrou em campo. Não há nenhuma explicação sóbria para uma equipe profissional de futebol perder QUATRO penalties num mesmo jogo. Pode estar chuvendo, o campo cheio de areia, os jogadores com dor de barriga, nada justifica....

E não é que o Brasil conseguiu perder quatro cobranças de penalty, algo inédito na história do futebol brasileiro. Elano, Thiago Silva, André Santos e o tricolor Fred desperdiçaram. Apenas o ex-zagueiro do Fluminense conseguiu acertar o perimetro entre as traves, mas chutou fraco e, Justo Villar, o grande heroi da partida, fez a defesa. 

Muitos irão dizer que o resultado foi injusto. Eu não concordo. Afinal, o futebol é unico esporte em que não é necessário atacar para vencer. Justo Villar sabe muito bem disso.