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15 de jul. de 2011

Obrigado Tolima !

Na noite dessa quinta, o Corinthians venceu o Inter por 1 a 0 no Pacaembu, gol do Willian (ótima revelação vinda do Figuerense). Com a oitava vitória em nove rodadas (a sexta seguida), o Timão confirmou o  melhor ínicio de campeonato na história dos pontos corridos.

Com resultados impressionantes, o alvinegro da capital paulista se coloca hoje, como o protagonista, na disputa pelo caneco do Brasileirão. No futebol atual, são muitos os fatores que fazem um time alcançar essa posição: planejamento, gestão, marketing, porém, no caso Corinthiano, por mais absurdo que possa parecer, eles estão ligados à vexatória eliminação pelo Tolima. 

A eliminação fez o Corinthians se reorganizar

Vamos tentar explicar esse paradoxo:

O time está, desde a dolorosa eliminação na pré Libertadores, focado no Brasileiro. Isso fez com que Andrés Sanches pudesse focar no planejamento do grupo para o Nacional. Assim, foi montado um elenco muito forte. Foram NOVE contratações no elenco principal, sem contar os retornos de emprestimo do ano passado. Só para destacar alguns: Alex (ex-inter), Adriano, Émerson e o ótimo Willian. É o melhor elenco do nacional;

Desde que foi "Toliminado", Tite teve mais tempo para trabalhar o grupo, com jogos apenas nos fim de semana pelo Paulista e Brasileiro. Com a semana cheia, o treinador conseguiu aprimorar o esquema tático que já usava. O 4-3-3 alvinegro é um dos mais eficientes do Brasil, beirando a perfeição tática. Consegue chegar com força ao ataque, se recompõe com velocidadade e contra-ataca de forma fatal e veloz.

Essa eficiencia só é possível devido a impressionante aplicação dos jogadores. É impressionante ver como TODOS os alvinegros marcam. Peças como Willian e Jorge Henrique, apesar de atacantes, marcam a saída de bola adversária e acompanham o avanço dos laterais. A dedicação na marcação faz a diferença. 

A eliminação da Libertadores adiantou  a despedida de Ronaldo. Por mais que ele seja ídolo e fenomeno de marketing, não era mais um atleta. A troca dele por Liedson melhorou, e muito, o time. Hoje, o Timão é um time rápido e letal sem a bola, com um contra-ataque muito forte.


Esses são alguns fatores observados que fazem com que o Timão tenha que agradecer o Tolima pela eliminação. E você,concorda ou discorda?

14 de jul. de 2011

A objetividade que faltou...

A seleção melhorou. Muito pela necessidade da vitória para evitar o vexame histórico de ser eliminado na primeira fase da Copa América com time "completo". A principal diferença foi a postura dos jogadores: focados na vitória e isso pode ser percebido não só pela entrega na marcação ou em fazer a composição defensiva, mas principalmente pelos chutes a gols de fora da área. Sem aquele toque de bola insosso que caracterizou a posse de bola brasileira contra a Venezuela.

Foram vários chutes perigosos de fora ou da entrada da área. Me recordo de dois de Neymar (um que resultou no último gol), um de Robinho na trave no primeiro tempo e um de gol no fim do jogo. Algo que não tinhamos assistido nessa Copa América.

O que isso representa? Que o Brasil buscava o gol desesperadamente? Não. Significa que o Brasil jogou com a humildade necessária para uma equipe vencer. Os chutes de fora da área exemplicam  que, na noite de quarta, a seleção precisava fazer gols. Não queria, precisava. E lutou para isso, com humildade, sem dar espetáculo. Por isso venceu.

Pequenos pitacos...

Maicon entrou e mostrou o que um lateral deve fazer. Marcou com segurança, apoiou com muita força e velocidade. É menos técnico que Daniel Alves, mas impressiona como ele ultrapassa os lateral adversarios. Pelo futebol jogado na Copa América, merece a vaga.

Júlio Cesar é um grande goleiro, está entre os cinco melhores do mundo, mas essa mania de falhar em jogos decisivos...

Paulo Henrique é discreto jogando. Ainda não é, na seleção, o jogador que encanta no Santos. Mas é o maior "assistente" da competição: 3.

Robinho e Neymar atmbém foram muito bem, com velocidade, habilidade e objetivo. Pato mostrou porque tem que ser titular. Ele é muito mais completo do que Fred. O time melhorou e a tendência é crescer ainda mais. Vamos ver no domingo contra o Paraguai.

12 de jul. de 2011

A "estreia" de Messi

Os hermanos sempre reclamaram das atuações de Lionel Messi pela seleção. Até a sua identidade é questionada por muitos. Frases como: "ele não é argentino, não canta o hino" são comuns. Para esses, ídolo é Carlitos Tevez  que foi vitorioso jogando no Boca, cresceu como jogador e como homem nos tangos próximos a La Bombonera enquanto Messi saiu com 12 anos para Barcelona. Mas na noite de segunda, dia 11 de julho, em Córdoba, Messi voltou a "ser argentino", gênio e melhor do mundo.
Messi foi "o" cara da Argentina contra Costa Rica

Ele jogou muito. Deu duas assistências para gols (no total foram oito passes atravessando a defesa para finalizações), driblou e chutou a gol.  Atuou como estamos acostumados a vê-lo em campo: magnífico.

Mas porque ele jogou como no Barcelona somente agora? A resposta é tática.

A Argentina já estava atuando como o Barça, com três atacantes, é o que muitos vão dizer. Na pratica, não é bem assim.

No time de Sergio Batista no começo da Copa América, o meio de campo não era criativo. Banega, Cambiasso e Mascherano eram os responsáveis por passar a bola para Messi. Ela não chegava com qualidade, com isso, ele era obrigado a busca-la, muitas vezes, no campo de defesa tendo muitos adversários pela frente para driblar e poucas opções de tabela. Seus antigos companheiros de ataque, Tevez e Lavezzi são jogadores que tem como principal qualidade a finalização, e não o toque de bola. Num resumo, Messi não tinha uma "assessoria" em campo com o 4-3-3 do começo da Copa América, o que sempre acontece no Barça, com Xavi, Iniesta e Dani Alves (que parece também sentir saudade de Messi).

Na partida de ontem, Batista mudou para o esquema da moda: 4-2-3-1. Higuaín como centroavante, Messi no meio (atrás dos volantes e na frente dos zagueiros, como ele gosta de jogar) e Aguero e Di Maria abertos pelas pontas. Os dois volantes, Mascherano e Gago deram segurança na marcação e tem como caracteristicas o passe preciso. A saída de bola dos hermanos evoluiu e, até mesmo pela necessidade da vitória, o ímpeto ofensivo e agressivo da equipe aumentou. O jogo foi de ataque contra defesa e a pobre Costa Rica, no fim do primeiro tempo sofreu o gol que tantos argentinos sonharam. O gol da classificação e que daria tranquilidade para que no segundo tempo a goleada surgisse naturalmente.

O adversário era fraco, mas a equipe evoluiu. Jogou com raça, disposição e técnica. Jogou como Argentina. De Messi.