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8 de jul. de 2011

O que fica da seleção sub 17 ?

A seleção brasileira foi ofensiva, correu, batalhou, pressionou, mas não conseguiu. O Brasil, considerado pela maioria como favorito, atacou muito, mas se desguardou na defesa, perdeu o jogo e foi eliminado. O sonho do campeonato mundial acabou na força do contra-ataque do futebol uruguaio. Foram duas bolas na trave, um festival de gols perdidos, principalmente por Lucas Piazon (muito mais notado pelos gritinhos histéricos das mexicanas do que pelo futebol). O sonho do tetra se foi. Mas o que "fica" desse time?

Maicon se lamenta por gol perdido (Foto: EFE)


O principal objetivo de uma seleção de base é revelar jogadores. Ganhar o Mundial é bom? Claro, é marcante, faz os jogadores entram na história. Mas o principal, na minha hulmide opinião, é revelar jogadores. E isso a seleção conseguiu fazer. Meus destaques são:

- Charles (Cruzeiro): falhou no jogo contra a Celeste, mas foi muito importante na fase de grupos. Mais um bom jogador da escola de goleiros da Toca da Raposa; 
- Wallace (Fluminense): lateral direito de muita força, velocidade e ainda bate bem na bola. Lembra, eu disse lembra,  Maicon no começo da carreira; 
- Misael (Grêmio): Volante que marca bem e sabe sair jogando. Tem o estilo do Lucas Leiva (ex-tricolor gaúcho e atualmente titular de Mano Menezes)

- Adryan (Flamengo): Meia de criação que joga pelos lados do campo. Muita velocidade, habilidade e bate muito bem na bola. Não consegue ser constante durante o jogo, "some". Mas é um dos grandes destaques da equipe junto com Ademílson.
- Ademílson (São Paulo): Atacante de área. Foi o artilheiro da seleção com 5 gols. Sabe jogar fora da área e chuta muito bem de longe. Muito promissor e o melhor jogador da seleção no campeonato. 

7 de jul. de 2011

A super quarta de futebol

A quarta-feira, mais uma vez, foi cheia de futebol para nós brasileiros. Além da rodada do Brasileirão e da Copa América (mais um empate da equipe de Lionel Messi), tivemos um espetáculo de exibição da seleção brasileira feminina que venceu por 3 a 0 a "abrasileirada" Guiné-Equatorial (são cinco atletas naturalizadas no elenco). Então, vamos aos jogos:

A super quarta começou com uma pintura

As meninas do Brasil jogam, hoje, o melhor futebol de todas as seleções brasileiras. Mais uma vez, Marta, mesmo muito bem marcada pela brasileira naturalizada Bruna, conseguiu jogar bem e dar uma assistência para o gol de Cristiane. Mas o grande destaque do jogo foi o golaço de Erika. Zagueira, por opção do treinador, a atleta do Santos fez um dos gols mais bonitos de 2011. A seleção jogou muito bem, mas precisa evoluir para enfrentar as grandes equipes do Mundial. Para quem não viu, abaixo estão os melhores lances da partida.  


Mais uma noite de Montillo

Parece que o filme da "Sessão da Tarde" ou o "Vale a pena ver de novo" da TV Globo. Mas não é.  Mais uma vez, o argentino Montillo foi crucial para  a terceira vitória seguida do Cruzeiro. Coincidencia ou não, terceira vitória do "Papai Joel" na direção cruzeirense. As mudanças do Natalino não são muito grandes, mas como ele mesmo gosta de dizer: " a gente começa arrumando a cozinha". Exatamente o que ele fez. Nos últimos três jogos, o Cruzeiro sofreu apenas um gol e marcou oito. Os três volantes (Leandro Guerrero, Fabrício e Marquinhos Paraná) dão liberdade para o argentino chegar ao ataque e finalizar, aproveitando a intensa movimentação de Wallyson e Thiago Ribeiro. Com isso, Montillo é o artilheiro do Brasileirão e o Cruzeiro recupera seu status de favorito na competição. Muito justo. 

O desfalcado Inter vence mais uma

O Internacional fez a sua obrigação. Mesmo sem contar com D'Alessandro, Tinga e Andrezinho, o Colorado venceu, com méritos, o Furacão. Foi sem golear e encantar, como fez nas últimas duas rodadas, mas ganhou com uma boa atuação do ex-sãopaulino Oscar e de Zé Roberto. A equipe de Paulo Roberto Falcão tem um grande elenco e vai lutar pelo título nesse campeonato. Já o Furacão tem o pior início de uma equipe desde que o brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos. Renato Gaúcho terá trabalho. Muito trabalho... 

O drama atleticano

É a terceira goleada seguida sofrida pela equipe de Dorival Jr. Desfalques, falta de repetição dos jogadores titulares, falta de entrosamento... Os motivos são muitos, mas o resultado é o mesmo: derrota. O que será que acontece com o Galo? O elenco não é tão ruim. Afinal, quem não vê com bons olhos jogadores como Guilherme, Réver, Leonardo Silva, Daniel Carvalho? Estrutura? A Cidade do Galo é um dos melhores CT's do país, senão o melhor. Ao que tudo indica, o problema é interno. Crise no elenco? Talvez. Infelizmente, a corda arrebenda onde o nó é mais fraco e não acredito que Dorival Jr vai terminar o Brasileiro morando em BH.

Avaí 2 x 2 Bahia

Avaí e Bahia fizeram um jogo pouco "pensado" e muito corrido na Ressacada. O Avaí, impulsionado pela pessíma campanha e pela torcida,  tentou assumir o controle do jogo. A entrada de Robinho no time titular fez a equipe catarinense ter mais um meia de criação, auxiliando Pedro Ken na armação. Melhorou, porém não resolveu. O que deu certo foram as bolas alçadas na área.

O Bahia apostou novamente no contra-ataque com as enfiadas de bola de Ricardinho para a velocidade de Jóbson e a presença de área de Júnior. O resultado não poderia ser outro: empate. 

 A "estreia" do Reizinho da Colina

O grande jogo da noite era o Pacaembu:  retorno de Juninho Pernanbucano. Logo aos dois minutos de jogo, ele mostrou aquele que sempre foi seu diferencial: a bola parada. A equipe cruzmaltina ganha mais essa arma para o time, além de melhorar muito seu passe. O problema é que o meio de campo com Juninho Pernambucano, Felipe e Diego Souza não tem pegada. E foi assim que o Corinthians venceu o jogo, pressionou o Vasco, adiantou suas linhas de marcação (tanto é que os dois gols dos paulistas foram dos volantes) e fez os gols.  Depois, recuou e segurou o placar.

Independente do resultado, o Vasco está armando um ótimo time para a Libertadores 2012. Não acredito que a equipe da Colina vá disputar o título, mas Ricardo Gomes tem muitas opções e condições  de chegar lá, se não se desmotivar durante a competição. E Juninho já mostrou que vale muito mais do que os R$ 600 que ele recebe por mês.
O Timão? A fiel torcida tem a obrigação de estar empolgada. São muitos motivos para comemorar: o Corinthians venceu, dormiu na liderança com três pontos de vantagem e ainda tem um jogo a menos; o time está invicto; só vai disputar o Brasileirão até o fim do ano; o elenco é um dos melhores do Brasil, com direito a Alex e Emerson Sheik no banco e Adriano por estreiar. É para festejar com dignidade.

Flamengo vence com tranquilidade um apático São Paulo

Um samba de uma nota só. Assim poderia ser definidao jogo entre Flamengo e São Paulo nesta quarta-feira. A equipe carioca, jogando no Engenhão, empolgada pelas últimas duas vitórias seguidas partiu para cima de um São Paulo fraco e desmotivado. Sem Lucas e Casemiro, os tricolores perderam a cara do time, a velocidade que foi o trunfo nos primeiros cinco jogos do campeonato, que agora pode ser chamada de correria. Não existe jogada trabalhada, é tudo na base do "vamo que vamo". Não funcionou.

O Flamengo, por outro lado, foi o dono do jogo. A entrada de Aírton, além de melhorar a bola aérea defensiva, deu mais consistência a marcação, liberando Willians para jogar como jogou em 2009, com liberdade de subir pela direita e ajudar Léo Moura no apoio, com o diferencial de roubar bolas no campo de ataque, mais próximo do gol. Ronaldinho Gaúcho também jogava bem pela esquerda, com aproximação de Renato e Júnior Cesar (um dos melhores em campo). A equipe carioca dominava mas não conseguia fazer o gol. Até que Luxemburgo mudou o time. Saíram Aírton (cansado) e Deivid (partida regular) e entraram Botinelli e Negueba. O Fla começou a jogar em altissíma velocidade, e numa jogada pela direita, o magrinho recém promovido das divisões de base deu um drible na ponta e cruzou para trás. Thiago Neves fez um lindo porta-luz para o argentino que chutou de primeira no contrapé de Rogerio Ceni. Golaço.

O Fla ainda criou mais chances, mas o resultado ficou mesmo no 1 a 0. Foi pouco pelo que jogou a equipe rubro-negra que evoluiu a cada rodada e dormiu na vice liderança do campeonato. E Carpeggani balança cada vez no Morumbi. Ele está mais do que na corda bamba. Se perder na próxima rodada, caí.

4 de jul. de 2011

O que faltou a seleção?

A seleção brasileira estreiou abaixo daquilo que todos imaginavam. O quarteto fantástico de Mano Menezes (Pato, Neymar, Robinho e Ganso) não funcionou. A ascendente equipe da Venezuela, não é a mesma que levou 7 a 0, na estreia de Ronaldinho Gaúcho, pela Copa América de 1999.  O futebol venezuelano evoluiu muito desde então, e, já rivaliza com o beisebol no interesse dos eleitores de Hugo Chávez. Mesmo assim, o Brasil podia mostrar mais. Na verdade, deveria.

A seleção canarinho veio com a formação tática da moda: o 4-2-3-1. Hoje, com exceção da camisa 6 que deveria ser de Marcelo, mas não será por problemas extracampo, a equipe brasileira tem poucos ou quase nenhum jogador, dentro do grupo convocado, a ser contestado. O time é esse. Então, o que faltou?

Faltaram muitas coisas. A primeira delas? Humildade. Uma seleção renovada e com baixa média de idade precisa se consagrar pelo resultado antes do que pelo espetáculo. Um está atrelado ao outro. E o Brasil quis dar show antes de vencer o jogo, no ultimo domingo. Principalmente na etapa inicial. Teve 68% de posse de bola e grandes chances de gols desperdiçadas, principalmente com Robinho e Neymar muito caprichosos ao finalizar. Faltou a "solucionática" Dadá Maravilha que afirmava que "feio é não fazer o gol."

Faltou mobilidade ao time. Neymar ficou muito preso na ponta esquerda e Robinho na direita. Não houve troca de posições entre os atacantes da seleção. Ficaram estagnados em seus respectivos posicionamentos iniciais, e, com isso, o Paulo Henrique Ganso não conseguiu aproximar dos atacantes para triangular os passes e, consequentemente, fazer a bola chegar a condições de finalização para o centroavante Alexandre Pato. Este que foi na minha visão, o melhor jogador brasileiro na partida. Mesmo muito isolado, sempre que recebia os lançamentos longos da zaga (os certos eram de Thiago Silva e os errados de Lúcio), dominava a bola e conseguia ou fazer o pivô ou finalizar. É um ótimo atacante.

Ganso não conseguiu ser "o" camisa 10 da seleção
Faltou principalmente criatividade à seleção. E qual é a razão disso? O "sumiço" de Ganso no meio de campo. Convocado como "A" solução da armação de jogadas, o camisa 10 do Santos não conseguiu realizar seu papel. Muito bem marcado e sem grande ajuda dos seus companheiros, ele falhou. Nem tanto por omissão dele. Mais por falta de possibilidade de passes e de variação tática que Mano armou para o time. Hoje, o Brasil não tem um jogador convocado que pense as jogadas, além do meia da baixada santista. A alternativa tática que Mano possuia era colocar Lucas, meia destro de habilidade e velocidade. Mas preferiu colocar Fred como referência. Não funcionou. Depois, viu que a única alternativa do banco era Lucas do São Paulo. Colocou e retirou Pato. Também não deu.

A Venezuela comemorou o empate, o segundo seguido contra a equipe brasileira. A seleção de Mano perdeu dois pontos. Não é hora de se desesperar, mas é hora de repensar. O treinador deve estar sentindo falta de Anderson e Hernanes, meias que poderiam ajudar Ganso na criação. Paciência.

Agora é hora de intensificar o trabalho, fazer com que o time se movimente mais e chute mais ao gol. Qualidade não falta a seleção. É mais técnica desde a geração de Ronaldinho Gaúcho, mas precisa querer ganhar. É principalmente isso que falta a seleção: gana de vencer