Encontre no blog

4 de jul. de 2011

O que faltou a seleção?

A seleção brasileira estreiou abaixo daquilo que todos imaginavam. O quarteto fantástico de Mano Menezes (Pato, Neymar, Robinho e Ganso) não funcionou. A ascendente equipe da Venezuela, não é a mesma que levou 7 a 0, na estreia de Ronaldinho Gaúcho, pela Copa América de 1999.  O futebol venezuelano evoluiu muito desde então, e, já rivaliza com o beisebol no interesse dos eleitores de Hugo Chávez. Mesmo assim, o Brasil podia mostrar mais. Na verdade, deveria.

A seleção canarinho veio com a formação tática da moda: o 4-2-3-1. Hoje, com exceção da camisa 6 que deveria ser de Marcelo, mas não será por problemas extracampo, a equipe brasileira tem poucos ou quase nenhum jogador, dentro do grupo convocado, a ser contestado. O time é esse. Então, o que faltou?

Faltaram muitas coisas. A primeira delas? Humildade. Uma seleção renovada e com baixa média de idade precisa se consagrar pelo resultado antes do que pelo espetáculo. Um está atrelado ao outro. E o Brasil quis dar show antes de vencer o jogo, no ultimo domingo. Principalmente na etapa inicial. Teve 68% de posse de bola e grandes chances de gols desperdiçadas, principalmente com Robinho e Neymar muito caprichosos ao finalizar. Faltou a "solucionática" Dadá Maravilha que afirmava que "feio é não fazer o gol."

Faltou mobilidade ao time. Neymar ficou muito preso na ponta esquerda e Robinho na direita. Não houve troca de posições entre os atacantes da seleção. Ficaram estagnados em seus respectivos posicionamentos iniciais, e, com isso, o Paulo Henrique Ganso não conseguiu aproximar dos atacantes para triangular os passes e, consequentemente, fazer a bola chegar a condições de finalização para o centroavante Alexandre Pato. Este que foi na minha visão, o melhor jogador brasileiro na partida. Mesmo muito isolado, sempre que recebia os lançamentos longos da zaga (os certos eram de Thiago Silva e os errados de Lúcio), dominava a bola e conseguia ou fazer o pivô ou finalizar. É um ótimo atacante.

Ganso não conseguiu ser "o" camisa 10 da seleção
Faltou principalmente criatividade à seleção. E qual é a razão disso? O "sumiço" de Ganso no meio de campo. Convocado como "A" solução da armação de jogadas, o camisa 10 do Santos não conseguiu realizar seu papel. Muito bem marcado e sem grande ajuda dos seus companheiros, ele falhou. Nem tanto por omissão dele. Mais por falta de possibilidade de passes e de variação tática que Mano armou para o time. Hoje, o Brasil não tem um jogador convocado que pense as jogadas, além do meia da baixada santista. A alternativa tática que Mano possuia era colocar Lucas, meia destro de habilidade e velocidade. Mas preferiu colocar Fred como referência. Não funcionou. Depois, viu que a única alternativa do banco era Lucas do São Paulo. Colocou e retirou Pato. Também não deu.

A Venezuela comemorou o empate, o segundo seguido contra a equipe brasileira. A seleção de Mano perdeu dois pontos. Não é hora de se desesperar, mas é hora de repensar. O treinador deve estar sentindo falta de Anderson e Hernanes, meias que poderiam ajudar Ganso na criação. Paciência.

Agora é hora de intensificar o trabalho, fazer com que o time se movimente mais e chute mais ao gol. Qualidade não falta a seleção. É mais técnica desde a geração de Ronaldinho Gaúcho, mas precisa querer ganhar. É principalmente isso que falta a seleção: gana de vencer

Nenhum comentário:

Postar um comentário