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12 de jul. de 2011

A "estreia" de Messi

Os hermanos sempre reclamaram das atuações de Lionel Messi pela seleção. Até a sua identidade é questionada por muitos. Frases como: "ele não é argentino, não canta o hino" são comuns. Para esses, ídolo é Carlitos Tevez  que foi vitorioso jogando no Boca, cresceu como jogador e como homem nos tangos próximos a La Bombonera enquanto Messi saiu com 12 anos para Barcelona. Mas na noite de segunda, dia 11 de julho, em Córdoba, Messi voltou a "ser argentino", gênio e melhor do mundo.
Messi foi "o" cara da Argentina contra Costa Rica

Ele jogou muito. Deu duas assistências para gols (no total foram oito passes atravessando a defesa para finalizações), driblou e chutou a gol.  Atuou como estamos acostumados a vê-lo em campo: magnífico.

Mas porque ele jogou como no Barcelona somente agora? A resposta é tática.

A Argentina já estava atuando como o Barça, com três atacantes, é o que muitos vão dizer. Na pratica, não é bem assim.

No time de Sergio Batista no começo da Copa América, o meio de campo não era criativo. Banega, Cambiasso e Mascherano eram os responsáveis por passar a bola para Messi. Ela não chegava com qualidade, com isso, ele era obrigado a busca-la, muitas vezes, no campo de defesa tendo muitos adversários pela frente para driblar e poucas opções de tabela. Seus antigos companheiros de ataque, Tevez e Lavezzi são jogadores que tem como principal qualidade a finalização, e não o toque de bola. Num resumo, Messi não tinha uma "assessoria" em campo com o 4-3-3 do começo da Copa América, o que sempre acontece no Barça, com Xavi, Iniesta e Dani Alves (que parece também sentir saudade de Messi).

Na partida de ontem, Batista mudou para o esquema da moda: 4-2-3-1. Higuaín como centroavante, Messi no meio (atrás dos volantes e na frente dos zagueiros, como ele gosta de jogar) e Aguero e Di Maria abertos pelas pontas. Os dois volantes, Mascherano e Gago deram segurança na marcação e tem como caracteristicas o passe preciso. A saída de bola dos hermanos evoluiu e, até mesmo pela necessidade da vitória, o ímpeto ofensivo e agressivo da equipe aumentou. O jogo foi de ataque contra defesa e a pobre Costa Rica, no fim do primeiro tempo sofreu o gol que tantos argentinos sonharam. O gol da classificação e que daria tranquilidade para que no segundo tempo a goleada surgisse naturalmente.

O adversário era fraco, mas a equipe evoluiu. Jogou com raça, disposição e técnica. Jogou como Argentina. De Messi.

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