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28 de abr. de 2011

A bola pune, Mourinho

A semana que antecedia o superclássico foi tensa. José Mourinho, bem ao seu estilo, hamou a atenção e mudou o foco do jogo. Afirmou em entrevista coletiva que Guardiola criou um novo estilo de treinador: os que reclamam quando o árbitro acerta. O técnico catalão garantiu que a resposta viria dentro de campo. E ela veio.  


O aguardado cumprimento de Mourinho e Guardiola
O português provou que é inteligente e mostrou humildade, coisa rara nele, após levar uma sonora goleada no Camp Nou por 5 a 0 no primeiro turno do campeonato espanhol. Na sequência de jogos entre Real e Barça nos meses de abril e maio, ele abdicou da caracteristica de seus jogadores e criou uma tática para anular o Barcelona. Um meio de campo com marcação forte e avançada de Pepe e  Khedira com Xabi  Alonso um pouco mais recuado conseguiu frear o jogo envolvente do Barça, em Valencia, na final da Copa do Rei. O Real venceu num contra-ataque pela esquerda, numa jogada rápida de Marcelo e Di Maria que encontrou a cabeça de CR7 para marcar o gol do título.


O erro de "Mou" foi acreditar que essa tática defensiva funcionaria para sempre. Mesmo jogando em casa pela primeira partida da UCL, ele manteve a tática, só que, agora, ela não funcionou. Com o desfalque do volante alemão e a entrada de Lassana Diarra, a equipe merengue perdeu a saída de bola (o luso-brasileiro e o frânces não se destacam pelo passe, não mesmo). Com Ozil apagado e Alonso muito recuado não havia ligação entre a defesa e o ataque. O Real roubava a bola e não sabia o que fazer com ela. Tentava sair em velocidade pelas pontas ou com Di Maria pela esquerda ou com Ozil e Cristiano Ronaldo (que revezavam na direita),  mas poucas vezes foi efetivo Essa foi a tônica do primeiro tempo: Barça com a bola, tentando criar mas esbarrando na marcação do Real, de muita ocupação dos espaços e força física. As únicas ameças dos madrilistas foram em chutes de fora da área de Cristiano Ronaldo. Um primeiro tempo fraco que se destacou mais pelas faltas e pela catimba dos jogadores do que pelo futebol apresentado. 

A expulsão de Pepe mudou o panorama do clássico
A entrada de Adebayor no segundo tempo parecia que iria mudar o jogo. Com a saída de Ozil, CR7 foi jogar pela direita , Di Maria se mantinha pela esquerda e o Togolês era a referência no ataque. Substituição que ajudaria o time da capital nas bolas aéreas. Na prática, o jogo não mudou muito: o Barça tinha a posse de  bola (que foi superior a 71%)  e o Real tentava contra-atacar. Até que aos 16', o esquema ultradefensivo de "los blancos" sofreu um duro golpe que mudou a história do jogo: Pepe foi expulso após uma dividida de bola com Dani Alves na intermediária de defesa dos blaugranas.  

Com espaço, todo mundo sabe o que esse time do Barça é capaz de fazer.A posse de bola e troca de passes curtos e rápidos fez com que o Barça, que já dominava o jogo, conseguisse criar situações claras de gol. Para explorar ainda mais o lado direito de ataque, Guardiola tirou Pedro e colocou o Affelay. E foi justamente numa jogada de habilidade e velocidade pela direita que o holandês deixou Marcelo na saudade e cruzou para Messi se antecipar  na pequena área e completar. Gol do Barcelona.

No fim do jogo, Messi fez mais um. Um gol com a marca dele. Gol de craque, gênio, monstro. Como diz Jorge Ben, "tabelou, driblou dois zagueiros, deu um toque e tirou o goleiro. Só não entrou com bola e tudo porque teve humildade." É o melhor jogador da minha geração. E o gol foi coisa de cinema, por isso é melhor assistir do que ler sobre ele.




    Messi, o monstro


São 56 jogos e 35 gols na Uefa Champions League. Nessa edição ele fez 11 gols em 11 jogos. Ele só tem 23 anos e já venceu uma UCL. Esse é Lionel Messi. O maior goleador da história do campeonato é Raul. González Com 32 anos e três campeontatos, o espanhol tem 71 gols anotados. Mantendo a média desse ano, o hermano alcança Raul na temporada 2014/2015, logo depois da Copa no Brasil. O natural é ele se transformar no maior goleador da história da UCL. Alguém dúvida? 

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