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3 de mai. de 2011

Més que un club

Mais uma vez, deu Barça. Os catalães jogaram com autoridade diante do Real Madrid no Camp Nou e , apesar de empatarem em 1 a 1,  vão para o estádio de Wembley disputar a final, mesmo local da conquista do primeiro título da equipe na Champions League, em 1992. A partida será realizada no próximo dia 28. Se der a lógica no outro confronto, eles irão enfrentar o Manchester United. 
Mosaico representando a frase "Mais que um clube" em catalão


Como o esperado, o Barça domina o jogo

Dessa vez o Real Madrid tentou jogar. Entrou em campo com apenas dois volantes, o ótimo Xabi Alonso e o fraco Lass Diarra. Na criação, Kaká no meio, Di Maria na direita, Cristiano Ronaldo na esquerda .Higuaín  isolado a frente. A ideia de Mourinho era retornar ao 4-2-3-1 que conduziu o Real até a semi-final . Os "blancos" tinham que tentar reverter o resultado adverso no primeiro jogo (2 a 0, ambos de Lionel Messi). Não conseguiram.

O meio de campo dos blaugranas envolvia nos toques curtos e na posse de bola. O 4-3-3 que simboliza a equipe de Pep Guadiola desde 2008 foi efetivo e belo, como sempre. O Barça controlava o jogo. Na maioria das vezes tocando de primeira,  explorando principalmente o lado direito do ataque onde Messi, inteligentemente, se colocava. O objetivo do argentino era explorar a deficiente marcação de Marcelo e Ricardo Carvalho que recebeu cartão amarelo aos 13 minutos. Mas o domínio não representava, ainda, chances claras de gol.

Casillas foi crucial no empate no Camp Nou

A partir da metade da etapa inicial, elas surgiram naturalmente. O Barça só não marcou porque esbarrou numa ótima exibição de Iker Casillas. Aos 21', ele salvou uma cabeçada de Sergio Busquets  quase na pequena área. Dez minutos mais tarde, Messi recebeu na direita, driblou Marcelo e Carvalho e deu um lindo chute no canto direito de do goleiro que voou e salvou.. Ainda no primeiro tempo, Casillas foi crucial defendendo chutes de Villa e mais uma vez dele, Lionel Messi.

Gols no segundo tempo e a equipe do Real Madrid perde a cabeça


O Real começou partindo para cima. Logo aos dois minutos, CR7 partiu com a bola em velocidade na intermediária, tocou para Higuaín que completou para a rede. Mas, o árbitro belga Frank de Bleeckere anulou o gol, alegando que o português teria cometido falta em Mascherano. Gol mal anulado. CR7 trombou com Piqué e na queda esbarrou no volante argentino. O toque do português não tinha força para derrubar nem uma pulga. 

Sem sofrer após o gol anulado, o Real marcava pressão a saída de bola adversária. E foi justamente num lance desse que surgiu o gol catalão. Aos 8' do segundo tempo, nada mais nada menos do que SEIS jogadores marcavam no campo de defesa do Barça a saída de bola do goleiro. O que eles não esperavam é que Valdés conseguisse dar um passe excepcional para Dani Alves na intermediária que avançou e, marcado por Ricardo Carvalho,  tocou para Iniesta. Este, com espaço para pensar a jogada, enfiou em profundidade no buraca entre Marcelo e Albiol . Pedro, sozinho, recebeu em velocidade e tirou o zero do placar. Golaço com a marca do Barcelona.

O Real mudou após o gol. Entraram Abebayor e Ozil e saíram os apagados Higuaín e Kaká. Mudou mesmo. Di Maria foi para a esquerda, com o alemão e CR7 se revezando pela direita e pelo meio. Mais velocidade  na saída com a mesma marcação pressão. Deu certo. Xavi Alonso interceptou um passe de Iniesta no campo de ataque , a bola sobrou para Di Maria que driblou Mascherano e chutou forte na trave. A bola voltou nele que só rolou para Marcelo completar de carrinho para as redes. 

A equipe merengue depois do gol tentou assumir as redeás do jogo. Na metade do segundo tempo, a posse de bola chegou a ficar dividida em 50%. Algo irreal na fase atual da equipe catalã ( a última vez que um time teve mais posse de bola que o Barça foi em 2008). E realmente era. 

Dez minutos depois, o Barça já reassumiu o jogo. Com os toques curtos, os blaugranas controlavam  a bola e os atletas do Real perderam a cabeça. Lass Diarra e Abebayor poderiam ter sido expulsos. Marcelo também deu um carrinho criminoso em Messi. O argentino revidou na bola, com uma caneta em Ricardo Carvalho.

Jogadores do Barça comemoram o gol de Pedro

Entre as caneladas do Real e as canetas de Messi, o jogo seguiu até o fim. O único lance de destaque até a consagração do Barça foi a entrada de Abidal no campo. O lateral francês que retirou um tumor no fígado há menos de dois meses, foi aclamado pelas 95 mil pessoas no Camp Nou. Um show de dignidade dos catalães. Um show de bola dos atletas. 

Com certeza, esse time é "Mais que um clube".



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