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6 de dez. de 2011

Todo poderoso Timão

Começo avassalador com 9 vitórias em 10 jogos. Líder em 27 das 38 rodadas. Em nenhum momento abaixo da terceira posição na competição. Melhor defesa  e time que mais venceu. Elenco que tem o luxo de manter no banco de reservas estrelas como Adriano e Alex, além de atletas polivalentes como Jorge Henrique e Edenílson, mas que tem como seus verdadeiros protagonistas Ralf e Paulinho.

Isso é apenas o começo da explicação desse "Todo Poderoso Timão". A principal é outra: a transformação de um grupo de atletas em uma equipe de futebol. 

"Treinabilidade"

A palavra, muito usada por Tite, é sem dúvidas o seu diferencial em 2011. Desde a Toliminização, já abordada aqui no blog, o Timão focou suas atenções no Brasileiro e Adenor Tite pode aplicar a teoria em prática. Sem o peso dos galatícos Roberto Carlos e Ronaldo, a equipe teve que se transformar. Deixou de ser espetacular   para ser prática e vencedora. Mas essa mudança só poderia acontecer de uma forma: com muito treino. 

Com jogos apenas no fim de semana, Tite conseguiu enraízar dois conceitos no Corinthians: compactação  e marcação forte. Com as linhas de defesa e ataque próximas, o contra-ataque se tornou o grande trunfo alvinegro (com velocidade que nunca seria implementada com os ex-madrilhenhos em campo).  O que não é só mérito tático, mas também da entrega dos jogadores, principalmente  os de frente, como Willian e Emerson Sheik que marcam e acompanham os laterais adversários, facilitando o trabalho dos volantes e defensores. 

A maior prova disso é uma análise dos números. Das 21 vitórias da equipe, apenas quatro (5 x 0 no SP, 3 x 0 no Atlético-GO e 2 a 0 no Botafogo e Fluminense) não foram com diferença de um gol para os alvinegros. Das 17 restantes, 7 foram pelo placar mínimo (1a0) e oito por 2x1 e outras duas por 3x2. Números que apontam o quanto o time é operário (faz apenas o que tem que fazer) e eficiente.

Um time que no começo do ano pensava em espetáculo, hoje comemora título. Antes tinha grife, hoje tem raça. Isso foi resultado da "treinabilidade". E essa é a simples receita para ser campeão: vencer, não interessa por qual placar. Por isso, parabéns a  Ralf, Paulinho, Paulo André, Julio César e todos os loucos alvinegros. Um titúlo inquestionável, digno de todo merecimento de Tite e seu bando podem ter. 



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