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26 de mar. de 2012

Qual é o caminho do futebol brasileiro?

Nesse fim de semana, o futebol brasileiro mostrou tudo aquilo que pode ser. Para o bem e para o mal. E nesse caso, o "lado negro da força" foi mais forte. Por isso, infelizmente, nosso assunto aqui não será sobre o querido esporte.

O fim de semana começou com alegria e honrarias ao humorista Chico Anysio. Talvez o maior gênio do humor brasileiro, era amante do futebol, vascaíno e "simpatizante" do Palmeiras. Jogadores de várias equipes do Brasil, como Vasco, Palmeiras, Bahia, Ceará, Fluminense,  homenagearam o "fazedor de risos". 

Desde nomes dos personagens nas camisas até a comemoração "indo para a galera" em alusão a "Seu Boneco", aluno da Escolhinha do Professor Raimundo interpretado por Lug de Paula, filho do mestre Anysio, foram vistas nesse fim de semana. 

Usar o futebol para homenagear quem teve por razão e objetivo de vida alegrar o povo. Perfeito. É isso que o nosso esporte deveria fazer: alegrar as pessoas, entreter e homenagear quem é digno de aplauso. 


Porém, não são apenas de pessoas de bem que o mundo é feito. Existe mau caráter e banditismo em qualquer área. No futebol, muitos criminosos travestidos de torcedores usam camisas de times como escudos para promover a carnificína, ódio e intolerância com outros animais que só podem ser diferenciados pelas cores das vestimentas.

No domingo pela manhã, cerca de 500 animais que dizem torcer por Corinthians e Palmeiras cumpriram o prometido em diversas redes sociais e transformaram a avenida Inajar de Souza, na Zona Norte de São Paulo, em um inferno. São cerca de 10 km de distância do Pacaembu.

Parte do armamento usado na guerra em SP (foto Rafael Brito / Agência Estado)


A batalha civil da manhã de domingo foi marcada durante a semana. Via redes sociais. Os bandidos marcaram pela internet onde iriam se encontrar. Barras de ferro, soco inglês, pedaços de pau e armas. Uma verdadeira guerra. E o pior: a polícia sabia que isso iria acontecer. Essa região é marcada no roteiro dos guerrileiros há tempos. 

 À noite, o palmeirense André Alves, de apenas 21 anos, morreu após ser baleado com tiros na cabeça.
Outras três pessoas, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, estão em estado grave - mais duas no Hospital Cachoeirinha e outra no São Camilo. Neste último hospital, outras três pessoas deram entrada, mas já foram liberadas, com ferimentos leves.

Não há novidade nisso. De acordo com policiais e membros da Mancha  Verde dão conta de que a ação foi uma resposta dos corintianos ao assassinato do corinthiano Douglas Karin Silva, cujo corpo foi jogado no Rio Tietê, em agosto de 2011, próximo a sede da Gaviões da Fiel.

 Essas mortes não vão parar. As torcidas "organizadas" são clãs semelhantes as máfias italianas, nas quais quando qualquer membro é atacado, certamente existirá uma retaliação. 

A polícia não se preocupa com a "guerra civil/esportiva"  "desde que a população não sofra".  O verdadeiro torcedor que quer ir com à família num clássico, tem medo de sair de casa.

Os assassinos organizados estão soltos nas ruas. 

E os políticos discutem se a cerveja nos estádios vai aumentar ou não a violência e não se preocupam com a origem dos problemas de segurança do esporte mundial:  A selvageria está nas pessoas.

Sem nenhuma ação política e tendo a certeza que não serão punidos, os bandidos vão continuar a agir. E a matar. Sem perguntas, sem motivos, sem dó. 









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