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5 de fev. de 2015

Com boa atuação do trio de ataque, Fla massacra estreante na elite estadual

Numa boa atuação do veloz trio de ataque testado por Vanderlei Luxemburgo (Nixon, Marcelo Cirino e Everton) desde a pré-temporada, o Flamengo goleou o Barra Mansa por 4 a 0 na noite desta quarta-feira no retorno ao Maracanã. Marcelo Cirino marcou seus primeiros gols com a camisa do rubro-negro carioca. Arthur Maia, de cabeça, e Canteros, numa belíssima cobrança de falta, completaram o placar. Essa foi a primeira vitória do rubro-negro nesta edição do Campeonato Carioca.

Com a goleada, o Fla sobe para a segunda colocação do Estadual com quatro pontos. Já o Barra Mansa é o lanterna do campeonato sem somar nenhum ponto. Na terceira rodada, o Flamengo enfrenta o Resende, sábado, às 19h30, no estádio Raulino de Oliveira. O Barra Mansa, por sua vez, viaja até Volta Redonda para enfrentar o Friburguense, no domingo, às 17 horas.

O jogo


O adversário não é de alto nível, mas o Flamengo mostrou que pode ser efetivo no ataque mesmo sem um centroavante clássico. Com a mobilidade do trio Marcelo Cirino, Nixon e Everton, municiada por um inspirado Arthur Maia, o Fla conseguiu abrir dois gols de vantagem ainda na primeira etapa e ter tranquilidade para os 45 minutos finais.

Logo aos 14 minutos, Marcelo recebeu bom passe de Arthur Maia, dominou dentro da área e rolou para Nixon. De primeira, o atacante chutou forte. Thiago Leal defendeu, mas a bola explodiu no travessão. Essa velocidade do trio de ataque logo daria resultado. Aos 22 minutos, Everton encontrou Marcelo Cirino na entrada da área. Com categoria, o atacante colocou no canto esquerdo de Thiago Leal e marcou o primeiro dele pelo rubro-negro. A superioridade era nítida.
Sem muita dificuldade , o time de Luxemburgo criava chances, principalmente com as jogadas de Nixon pela direita e de Everton pela esquerda. Mas, curiosamente, foi num escanteio no final do primeiro tempo, precisamente aos 42 minutos, que Arthur Maia premiou sua boa atuação com um gol de cabeça.

“Vira dois, fecha quatro”


No início da segunda etapa, Luxa testou Thallyson na vaga de Anderson Pico. Mas o que chamou a atenção do torcedor rubro-negro foi o golaço de falta de Héctor Canteros, logo aos três minutos. Os mais empolgados no Maracanã poderiam até se lembrar do gol de Petkovic, ídolo da torcida rubro-negra, após o gol do tri contra o Vasco na final do Carioca de 2001. Mas quem mostrou que quer ser ídolo da torcida é Marcelo Cirino. Após lançamento de Nixon, o ex-atleta do Atlético Paranaense entrou na área em velocidade e marcou o quarto e dar números finais ao placar no Maracanã.

Com o resultado garantido, Luxemburgo fez alterações na equipe. Arthur Maia e Everton saíram para as entradas do aniversariante Alecsandro e Lucas Mugni. Apesar das mudanças, o ritmo do jogo caiu. O Flamengo passou a controlar a partida até o apito final do árbitro. O Barra Mansa tentou, mas esbarrou no abismo técnico entre as equipes e não assustou César, um espectador privilegiado da partida.

14 de mai. de 2012

A barca rubro-negra

É fato de que o Flamengo precisa de reformas.Em todos os setores do clube, não só dentro de campo, mas também, e, principalmente fora dele.

O Ideal seria escrever sobre uma reestrutuação  completa do futebol e da instituição. Mas como isso aqui é um post e não um livro, vou me limitar a falar sobre a situação dos atletas.

A barca rubro-negra vai sair lotada !

No futebol, o Flamengo tem algumas saídas certas. Sâo elas: Willians: Impecável do desarme. Foi durante anos o melhor ladrão de bolas do Brasileirão. Mas o seu tempo passou no Fla. É indisciplinado, não tem bom relacionamento com a diretoria e vai para a Udinese, da Itália. Será comprado por 3 milhões de euros. O Flamengo detém 35% dos direitos econômicos do volante (cerca de R$ 2,59 milhões).

David Braz: Considero um zagueiro razoável. É lento e por isso não consegue fazer dupla de zaga com o González. Deve sair junto com o Galhardo para o retorno do Ibson.

Galhardo: Lateral promissor. Foi campeão Mundial Sub-20 com a seleção em 2011. Tem boa técnica, é ofensivo, mas ainda falha bastante na marcação. Apesar de ter contrato até 2016, deve ser trocado com o Santos pelo retorno de Ibson.

Itamar: Ridiculo. Ganhou quatro meses de salário sem jogar nenhum jogo oficial. Patético. Embolsou cerca de R$ 160 mil "de bobeira".

Fabiano Oliveira: Mais um daqueles "jovens promissores" que todo ano são revelados na Gávea. Não tem mais condição. Deve ser emprestado ou encostado até o fim do contrato.

Gustavo "Geladeira": Zagueiro-zagueiro. Muito forte fisicamente e muito fraco tecnicamente. Foi uma tentativa. Não deu certo. Está emprestado ao Atlético-Go até o fim do ano.


Além desses jogadores "fechados", existem outras possíveis saídas como a do lateral esquerdo títular Júnior César que deve ser envolvido numa troca com o Atlético Mineiro. O Lateral vai para Minas e, em contrapartida, o volante Dudu Cearense viria para o Rubro-negro.

Outros dois jogadores do elenco também estão próxmos de acertar sua saída do Flamengo. Um é Rodrigo Alvim. O amigo de R10 fez dois gols pelo Fla na Libertadores de 2010. E vive desde então só disso. É uma lástima que mensalmente recebe do Mengão. Triste. Tem contrato até junho de 2013.

O outro é Maldonado. Ele tem contrato até o fim do ano. É um volante com história e experiência. Porém, suas constantes lesões e a falta de velocidade na marcação, devem fazer com que seu ciclo no Fla seja terminado. A contratação de Cacéres, do Libertad, também pode contribuir na sua saída do clube.



E você, rubro-negro, acredita que cabe mais alguém na barca do Fla?


3 de mai. de 2012

Calma...

A torcida ontem execrou o Cristovão Borges. Tem razão. Em partes.
 
O Vasco fez um primeiro tempo sensacional. Ofensivo sem ser desesperado, o time da Colina foi quase perfeito na primeira etapa. Juninho e Felipe têm que jogar juntos. O Vasco tem a sorte de possuir dois jogadores diferenciados no meio do campo. Poucos times têm essa possibilidade. Diego Souza fez um gol antológico. Na primeira etapa foi um show cruzmaltino.

Começou o segundo tempo, tudo ia bem. Até uma bola longa cruzar a área cruzmaltina, Fagner não nada (pela segunda vez, quem lembra do terceiro gol do Botafogo no clássico de domingo?) e o gol do Lanús. Logo depois, entrou Felipe Bastos para a saída de seu xará. O estádio homenageou o treinador com aquele canto característico: "Burro, Burro, Burro!”. Mas não ficou só nisso.

O Vasco sentiu a saída de Felipe.  Antes, tinha a bola no pé, dominava o jogo. Controlava a partida. Com a saída do maestro, o time sentiu. Some a isso as vagas da torcida: nervosismo em campo e o adversário cresceu. Quase empatou.

O técnico tem culpa? Sim. Mas é o único? Não.

Os jogadores sentiram a pressão das arquibancadas. Não serei hipócrita de escrever que "torcedor tem que sempre apoiar" porque isso não existe. Futebol é sentimento, emoção, muito mais do que razão. Mas acredito que eles poderiam ter "aliviado" a barra do Cristovão.

Torcida não perdoa, mas os jogadores tiveram uma atitude espetacular e  literalmente blindaram o treinador. Atitude rara que mostra a união do grupo, algo difícil de encontrar nesses tempos em que jogadores derrubam treinadores a esmo.

 Parabéns aos jogadores do Vasco.

E um pouco mais de paciência para os torcedores. Afinal, o time ganhou, vai com a vantagem do empate para a Argentina.





26 de abr. de 2012

O que é ser favorito?

Favoritismo. De acordo com o Dicionário Aurélio significa aquele que "goza de valimento especial junto de algum potentado". No "futebolês", favorito é aquele que tem mais chances de vencer.  É o "time grande" do confronto. Tem mais investimento, atletas de mais qualidade e apresenta um futebol mais vistoso. Mas nem sempre, o "favorito" vence. Principalmente no futebol.

Nessa semana, vivemos isso. Sem dúvidas, Real Madrid e Barcelona eram favoritos. No jogo no Santiago Bernabéu, os madrilhistas eram favoritos pelo investimento, por jogar em casa e pelo elenco. 


Dinheiro, craques e Mourinho. Não deu para o Real

Não há como dizer que o Bayern de Munique, tetra campeão da Champions League, com Robben e Ribery no time, é zebra. Não é. O time do ótimo goleiro Neuer, para mim, é o terceiro melhor do planeta. Marcação eficiente, com criatividade w velocidades nas pontas e força com o Super Mário na frente. 

O Real foi mal no jogo e perdeu nos penaltis, com erro de suas contratações mais caras: Cristiano Ronaldo e Kaka. Irônico, não?

Zebra no Camp Nou? Será?!

Nem no jogo do Camp Nou podemos falar que "deu zebra". Zebra seria se o Apoel vencesse o Real Madrid nas oitavas de final. 

 Apesar do Barcelona ser o melhor time do mundo, encantar todos que gostam do futebol ofensivo, O Chelsea de Roman Abramovich é o setímo clube mais valioso do planeta (528 milhões de euros), de acordo com a revista Forbes. E, mesmo dominado, levando pressão durante os dois jogos, conseguiu ir para uma histórica final com apenas contra-ataques. E o golpe final, o gol de Torres, aconteceu aos 46 minutos do segundo tempo. Um nocaute.


Os amantes da bola nao tem que ficar derrotados pela ausência da "esperada" final Barça x Real. Nós temos é que ficar felizes. Não é certo que o favorito vença. 

Isso é o futebol. É o único esporte do mundo em que não é necessário atacar para vencer. Não é sempre que o favorito vence e tudo pode mudar em um minuto. Por isso que esse esporte é fantástico e apaixonante. 

23 de abr. de 2012

A importância do centroavante



A marca do artilheiro

O futebol é extremamente dinâmico. Muita movimentação, posicionamento e troca de posições entre jogadores. O exemplo dessa nova era do futebol é o Barcelona. Todo mundo sabe disso. Porém, os jogos dessa semana, mostraram algo que ainda é importante e que só o time blaugrana consegue viver sem:
 um bom camisa 9. 

Força, disposição, jogo aéreo e boa finalização. Essas são as características básicas de um centroavante nato. Homem gol. Não necessariamente rápido e habilidoso. Se for, melhor. Se não for e guardar a bola na rede, sem problemas. Exemplos não faltam na história do futebol: Desde o mítico Dadá Maravilha até Washington Coração Valente, muitos avantes fizeram seus nomes sem muita técnica e com muita raça.

No futebol atual, três atletas que podem muito bem definir esse centroavante clássico foram cruciais para as vitórias de seus times. Vamos a eles:


 Falcão Garcia

Este colombiano de 26 anos foi adquirido pelo Atletíco de Madrid ao Porto por 40 milhões de Euros. Valor questionado, mas Falcão vem mostrando que pode valer essa grana toda. 

Contratado para substituir Aguerro, ele marcou dois gols na vitória por 4 a 2 sobre o Valencia na Liga Europa. Tem dez gols na edição desse ano da competição. Em 2011, pelo Porto, foi peça importantíssima para o título de sua equipe. Quebrou o recorde de gols numa edição do campeonato, 17. Em 2012, além dos 10 gols na Liga, tem outros  22 no Espanhol. 



Mário Gómez
Goméz é o clássico camisa 9


O alemão Mário Gómez, de 26 anos é outro que pode ser colocado como um clássico camisa 9. Jogador de técnica duvidosa, mas que compensa suas limitações técnicas com muita disposição e bom posicionamento em campo. Força, precisão nos chutes e nas cabeçadas não faltam. 

Marcou um gol na vitória do Bayern de Munique contra o Barcelona e é o vice-artilheiro da maior competição de clubes do mundo com 12 gols, dois a menos que Lionel Messi. É a referência do 4-2-3-1 do Bayern de Munique. Há quem não goste do seu futubol, mas seus números são inquestoináveis.

Camisa 11 no short, mas é "9" em campo




Quem acompanha futebol internacional, não precisa ser apresentado a Didier Drogba. Africano da Costa do Marfim, o camisa 11 do Chelsea é um dos grandes centroavantes do mundo. Apesar de mais velho, 34 anos, ele ainda se mantém no topo. Forte, finalizador, frio e gosta de jogar grandes clássicos. Contra o todo poderoso Barcelona, Drogba era a única referência ofensiva do time azul. Com sua força, ganhou divididas preciosas para os ingleses. Ah, foi dele o gol da vitória também.

13 de abr. de 2012

E se o Brasil tivesse vencido a Copa de 1950?





No fim dos anos 40, o Brasil vivia um momento de êxtase futebolístico. A construção de dois estádios, o Independência, em BH e o Maracanã, no Rio, movimentavam grande parte da economia e da atenção da mídia nacional.  Em campo, a seleção empolgava.  O time treinado por Flávio Costa e liderado pelos craques Zizinho e Ademir “Queixada” venceu o Sulamericano de 1949. Em 1950, vitória na Copa Rio Branco contra Uruguai e Paraguai em dois amistosos.

Durante a Copa, esse clima de euforia e comoção nacional foi multiplicado. Depois do empate (2 a 2) com a Suíça no Pacaembu, ainda na primeira fase, o time brasileiro deu show. Vale destacar a impressionante vitória contra a “Fúria Espanhola” por 6 a 1, três dias antes da “final” contra o Uruguai. O cheiro de vitória estava no ar e nos jornais.

O Maracanazzo

Dia 16 de julho de 1950, o grande momento. Maracanã lotado por mais de 200 mil pessoas (a Fifa registrou 173.830). No começo da partida, o Brasil atacou incendiado pela torcida, mas o Uruguai conseguiu acalmar o jogo. No início do segundo tempo, logo aos dois minutos, gol de Friaça. Loucura no Maracanã, mas Schiaffino, aos 21 minutos,  e Ghiggia, aos 34, sempre em jogadas em velocidade pela direita viraram o jogo para a celeste olímpica. 

A jogada que marcou a vida do goleiro Barbosa

O som do silêncio era a tônica do estádio. Tornava-se fato a maior derrota da história do esporte nacional, o Maracanazzo. E como em toda grande tragédia, alguém teve de ser o culpado. O eleito? O goleiro Barbosa.
 

Por ironia do destino, depois de se aposentar, Moacir Barbosa ganhou um emprego como administrador da academia do Maracanã. Era funcionário da antiga Adeg (Administração dos Estádios da Guanabara), a atual Suderj. E em 1969, após a instalação das balizas de metal no Maracanã, ganhou de presente às traves de madeira. As mesmas que marcaram negativamente sua vida esportiva. O que ele fez com elas? As queimou em um churrasco na sua casa. 

Goleiro Barbosa revoltado após sofre o gol de Schiaffino

A derrota, o complexo de vira-latas e o bode expiatório.

A partir dali, muitas coisas aconteceram. Naquela tarde de domingo, homens se mataram por desgosto após a derrota. Não só o futebol, mas a autoestima nacional foi abalada.

Nelson Rodrigues, mestre das crônicas, afirmou que o Brasil vivia um “complexo de vira-latas”.  Nas palavras dele, “complexo de vira-lata é a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo (...) o brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima”.

E esse complexo de vira-latas, acredito, está presente até hoje na nação brasileira.  Afinal, somos um grande país, a sexta economia do mundo. Mas ainda temos uma postura de “vira-lata” com relação aos problemas mundiais.

Aí eu pergunto a vocês, E SE o Brasil tivesse vencido a Copa de 1950? O que poderia ter sido diferente?

Eu penso que muita coisa teria sido modificada. Somos a “pátria de chuteiras”, afinal temos cinco títulos mundiais de futebol, mas será que isso é o suficiente?

Não. Desde os primórdios, o nosso esporte sobrevive da “boa vontade” dos políticos. Não temos um campeonato nacional organizado, os torneios têm calendários absurdos e volta e meia vivemos situações que colocam em dúvida a credibilidade dos gestores do futebol nos clubes e nas instituições que comandam o esporte nacional.

 Se tivéssemos vencido naquele trágico domingo, 16 de junho de 1950, muitas coisas, certamente, seriam diferentes.  O governo brasileiro poderia usar o esporte como plataforma para uma demonstração das capacidades nacionais para todo o mundo.

 Naquele momento histórico (pós-guerra), teríamos uma oportunidade ímpar de “vender”, no melhor sentido da palavra, as qualidades inatas do brasileiro (criatividade, inovação e talento) para o mundo (claro que isso poderia ser usado de outra forma pelos políticos, mas como estamos numa situação hipotética, vamos pensar nas possibilidades positivas, ok?).

O orgulho nacional da vitória poderia colocar nossos homens e mulheres mais destemidos em enfrentar os problemas cotidianos, ou seja, solucionar a questão ao invés de “dar um jeitinho”.

Mas, infelizmente, o SE não existe e a única certeza que temos é que se o Brasil tivesse vencido, Barbosa seria recompensado pelo ídolo que foi (goleiro do Expresso da Vitória do Vasco) e que, com certeza, as traves do Maraca estariam no Museu do Futebol!

E você, o que acha que aconteceria se o Brasil vencesse em 1950?


26 de mar. de 2012

Qual é o caminho do futebol brasileiro?

Nesse fim de semana, o futebol brasileiro mostrou tudo aquilo que pode ser. Para o bem e para o mal. E nesse caso, o "lado negro da força" foi mais forte. Por isso, infelizmente, nosso assunto aqui não será sobre o querido esporte.

O fim de semana começou com alegria e honrarias ao humorista Chico Anysio. Talvez o maior gênio do humor brasileiro, era amante do futebol, vascaíno e "simpatizante" do Palmeiras. Jogadores de várias equipes do Brasil, como Vasco, Palmeiras, Bahia, Ceará, Fluminense,  homenagearam o "fazedor de risos". 

Desde nomes dos personagens nas camisas até a comemoração "indo para a galera" em alusão a "Seu Boneco", aluno da Escolhinha do Professor Raimundo interpretado por Lug de Paula, filho do mestre Anysio, foram vistas nesse fim de semana. 

Usar o futebol para homenagear quem teve por razão e objetivo de vida alegrar o povo. Perfeito. É isso que o nosso esporte deveria fazer: alegrar as pessoas, entreter e homenagear quem é digno de aplauso. 


Porém, não são apenas de pessoas de bem que o mundo é feito. Existe mau caráter e banditismo em qualquer área. No futebol, muitos criminosos travestidos de torcedores usam camisas de times como escudos para promover a carnificína, ódio e intolerância com outros animais que só podem ser diferenciados pelas cores das vestimentas.

No domingo pela manhã, cerca de 500 animais que dizem torcer por Corinthians e Palmeiras cumpriram o prometido em diversas redes sociais e transformaram a avenida Inajar de Souza, na Zona Norte de São Paulo, em um inferno. São cerca de 10 km de distância do Pacaembu.

Parte do armamento usado na guerra em SP (foto Rafael Brito / Agência Estado)


A batalha civil da manhã de domingo foi marcada durante a semana. Via redes sociais. Os bandidos marcaram pela internet onde iriam se encontrar. Barras de ferro, soco inglês, pedaços de pau e armas. Uma verdadeira guerra. E o pior: a polícia sabia que isso iria acontecer. Essa região é marcada no roteiro dos guerrileiros há tempos. 

 À noite, o palmeirense André Alves, de apenas 21 anos, morreu após ser baleado com tiros na cabeça.
Outras três pessoas, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, estão em estado grave - mais duas no Hospital Cachoeirinha e outra no São Camilo. Neste último hospital, outras três pessoas deram entrada, mas já foram liberadas, com ferimentos leves.

Não há novidade nisso. De acordo com policiais e membros da Mancha  Verde dão conta de que a ação foi uma resposta dos corintianos ao assassinato do corinthiano Douglas Karin Silva, cujo corpo foi jogado no Rio Tietê, em agosto de 2011, próximo a sede da Gaviões da Fiel.

 Essas mortes não vão parar. As torcidas "organizadas" são clãs semelhantes as máfias italianas, nas quais quando qualquer membro é atacado, certamente existirá uma retaliação. 

A polícia não se preocupa com a "guerra civil/esportiva"  "desde que a população não sofra".  O verdadeiro torcedor que quer ir com à família num clássico, tem medo de sair de casa.

Os assassinos organizados estão soltos nas ruas. 

E os políticos discutem se a cerveja nos estádios vai aumentar ou não a violência e não se preocupam com a origem dos problemas de segurança do esporte mundial:  A selvageria está nas pessoas.

Sem nenhuma ação política e tendo a certeza que não serão punidos, os bandidos vão continuar a agir. E a matar. Sem perguntas, sem motivos, sem dó.