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6 de dez. de 2011

Todo poderoso Timão

Começo avassalador com 9 vitórias em 10 jogos. Líder em 27 das 38 rodadas. Em nenhum momento abaixo da terceira posição na competição. Melhor defesa  e time que mais venceu. Elenco que tem o luxo de manter no banco de reservas estrelas como Adriano e Alex, além de atletas polivalentes como Jorge Henrique e Edenílson, mas que tem como seus verdadeiros protagonistas Ralf e Paulinho.

Isso é apenas o começo da explicação desse "Todo Poderoso Timão". A principal é outra: a transformação de um grupo de atletas em uma equipe de futebol. 

"Treinabilidade"

A palavra, muito usada por Tite, é sem dúvidas o seu diferencial em 2011. Desde a Toliminização, já abordada aqui no blog, o Timão focou suas atenções no Brasileiro e Adenor Tite pode aplicar a teoria em prática. Sem o peso dos galatícos Roberto Carlos e Ronaldo, a equipe teve que se transformar. Deixou de ser espetacular   para ser prática e vencedora. Mas essa mudança só poderia acontecer de uma forma: com muito treino. 

Com jogos apenas no fim de semana, Tite conseguiu enraízar dois conceitos no Corinthians: compactação  e marcação forte. Com as linhas de defesa e ataque próximas, o contra-ataque se tornou o grande trunfo alvinegro (com velocidade que nunca seria implementada com os ex-madrilhenhos em campo).  O que não é só mérito tático, mas também da entrega dos jogadores, principalmente  os de frente, como Willian e Emerson Sheik que marcam e acompanham os laterais adversários, facilitando o trabalho dos volantes e defensores. 

A maior prova disso é uma análise dos números. Das 21 vitórias da equipe, apenas quatro (5 x 0 no SP, 3 x 0 no Atlético-GO e 2 a 0 no Botafogo e Fluminense) não foram com diferença de um gol para os alvinegros. Das 17 restantes, 7 foram pelo placar mínimo (1a0) e oito por 2x1 e outras duas por 3x2. Números que apontam o quanto o time é operário (faz apenas o que tem que fazer) e eficiente.

Um time que no começo do ano pensava em espetáculo, hoje comemora título. Antes tinha grife, hoje tem raça. Isso foi resultado da "treinabilidade". E essa é a simples receita para ser campeão: vencer, não interessa por qual placar. Por isso, parabéns a  Ralf, Paulinho, Paulo André, Julio César e todos os loucos alvinegros. Um titúlo inquestionável, digno de todo merecimento de Tite e seu bando podem ter. 



6 de set. de 2011

Os "Brasileiros" de Mano

Mano Menezes convocou 24 jogadores do futebol brasileiro para os dois jogos contra a Argentina (antiga Copa Roca). Foram chamados apenas atletas que atuam no futebol nacional, tanto aqui, como nos nossos vizinhos. São dez estreantes com a amarelinha:  Rafael (Santos), Mário Fernandes (Grêmio), Bruno Cortês (Botafogo), Rhodolfo (São Paulo), Casemiro (São Paulo), Paulinho (Corinthians), Rômulo (Vasco), Cícero (São Paulo), Oscar (Internacional) e Renato Abreu (Flamengo).

A escolha dos atletas contestável. Principalmente pela falta e coerência na convocação. A presença de alguns nomes não muito conhecidos poderia se justificar caso o treinador mantivesse o critério de idade olímpica, o que não aconteceu. Rafael, Mário Fernandes, Danilo, Casemiro, Rômulo, Oscar, Lucas, Neymar e Leandro Damião tem idade olímpica, mas nomes como de Cícero e Renato Abreu não.

Além disso, é interessante destacar que Mano convocou jogadores de todos os grandes 12 clubes do Brasil. São Paulo (4), Santos (3), Flamengo (3), Inter (3), Vasco (2), Botafogo (2), Corinthians (2), Cruzeiro (1), Atlético MG (1), Grêmio (1), Fluminense (1). Seria uma forma de tentar minimizar as criticas pelos desfalques das equipes no Brasileiro?

Independente dessa forma de pensar, fiz uma rápida análise sobre a seleção.

Nomes e comentários por posição:

Goleiros: Jefferson (Botafogo); Fábio (Cruzeiro); Rafael (Santos) - A surpresa ficou com a convocação do goleiro santista e a não convocação de Victor do Grêmio. Acredito que Mano foi bem ao não chamar o gremista que vive péssima fase. Rafael tem idade olímpica. É uma aposta válida. 
Laterais: Danilo (Santos); Mário Fernandes (Grêmio); Bruno Cortês (Botafogo); Kleber (Internacional) - Danilo é, hoje, o melhor lateral direito jogando no Brasil. Incontestável. Mário Fernandes é um zagueiro-lateral, no estilo do futebol inglês. Não seria a minha opção. Mariano (Flu) e Léo Moura são jogadores de mais qualidade, porém não atravessam boa fase. Cicinho (Palmeiras) está em melhor fase que o gremista, mas não tem idade olímpica.  É uma questão de opção.

Na esquerda também não há consenso. Júnior Cesar do Flamengo poderia ter um oportunidade, mas não vejo como injusta a convocação do cabeludo botafoguense. É um jogador rápido, de habilidade e com qualidade no passe. É melhor ofensivamente que defensivamente e fez um ótimo primeiro semestre. E Kléber é um daqueles "selecionáveis" que sempre está entre os cinco melhores da posição. É inquestionável numa lista só de "brasileiros do Brasil".

Zagueiros: Dedé (Vasco); Réver (Atlético-MG); Rhodolfo (São Paulo); Henrique (Palmeiras)- Aqui Mano Menezes passou por grandes dificuldades para selecionar. O treinador perdeu grandes opções por contusões. Nomes como Alex Silva, Rodolfo (Grêmio) e  Antônio Carlos  (contundidos) e Anderson Martins (vendido) certamente poderiam estar nessa lista. Não consigo pensar em nomes que melhores.

Volantes: Casemiro (São Paulo); Paulinho (Corinthians); Ralf (Corinthians); Rômulo (Vasco)- Outra posição em que as contusões atrapalharam a escolha do treinador. Arouca (Santos), Ibson (Santos), Airton (Fla), Denilson (SP) estão machucados. O anormal é a convocação do Rômulo, jogador extremamente normal, que não é unanimidade nem no seu time. Ter idade olímpica não pode ser a única justificativa para a convocação, até porque acredito que os volantes da sub-20 (Casimiro e Fernando) tem mais qualidade. Henrique (Santos), Willians (Fla), Fábio Rochemback (Grêmio) devem estar se perguntando o que o vascaíno tem que eles não. 

Meias: Cícero (São Paulo); Lucas (São Paulo); Oscar (Internacional); Renato Abreu (Flamengo); Thiago Neves (Flamengo) - Lucas e Oscar são inquestionáveis. Tem idade olímpica e são protagonistas em seus clubes. Thiago Neves é um grande jogador, mas não joga bem tem dois meses. Cícero também é bom jogador, mas não acredito que tem espaço aqui. Assim como Renato Abreu. Ele é muito importante no Flamengo, termômetro do time, e é o jogador que mais acerta passes no Brasileirão, mesmo assim não merece a seleção. Alex (Corinthians) está machucado e poderia estar nessa lista. Douglas (Grêmio) também tem qualidade, apesar de não estar em grande fase. E Elkeson (Botafogo) é injustiçado, deveria ser chamado. Eu convocaria o botafoguense no lugar do Renato Abreu e Douglas no lugar do Cícero
 
Atacantes: Fred (Fluminense), Leandro Damião (Internacional); Neymar (Santos); Ronaldinho Gaúcho; (Flamengo)- Mano fez boa convocação a exceção de Fred. Pergunte a qualquer tricolor quem está jogando mais: Fred ou Rafael Moura? 99% dos tricolores vão responder He-Man. Mais isso não quer dizer que estou fazendo lobby por Rafael Moura. NÃO. O nome é BORGES, artilheiro do Brasileiro com 14 gols.

E você, concorda  ou discorda dos "brasileiros do Mano"?

10 de ago. de 2011

No “aniversário” pela seleção, os números de Mano são enganosos


Hoje, dia 10 de agosto, Mano Menezes completa um ano na seleção brasileira. Há uma ano, na estreia, houve o jogo que para muitos, foi a melhor exibição da seleção: dois a zero contra os EUA, com direito a gol de Neymar.

Depois disso, foram 11 jogos, 5 vitórias, 4 empates - três pela Copa América: Paraguai (duas vezes, incluindo aqui o da eliminação) e Venezuela -  e  2 derrotas (França e Argentina).  Como presente de aniversário, Mano vai receber o direito de enfrentar a tradicional Alemanha que conseguiu renovar sua seleção e talvez, depois da Espanha, seja a seleção mais difícil de vencer do mundo.

Na verdade, o presente é a possibilidade da renovação da esperança após a fraca Copa América.

Os números do duelo são favoráveis ao Brasil. Nos 20 confrontos contra os germânicos, nos vencemos 12, empatamos cinco e perdemos três. Números. 

Mas a renovada seleção de Mano ainda não se impôs contra adversários de maior expressão no cenário nacional. As vitórias foram contra: EUA (2 a 0), Irã, (3 a 0), Ucrânia (2 a 0), Escócia (2 a 0), Romênia (1 a 0)  e Equador (4 a 2).  E aí. Como fica?

A necessidade  da vitória contra um grande time é clara. A cada dia que essa vitória não vem, a pressão aumenta, e a paciência do torcedor diminui. Mano sabe disso.

Por isso, a possível ausência de Neymar não tira, de forma nenhuma, a importância da vitória. O treinador deve repetir o time que começou a Copa América, exceção feita a Ralf que substitui Lucas Leiva. Uma aposta na tentativa de entrosamento e de futebol ofensivo nos jogadores da frente.

A Alemanha, não conta com Ozil. Na sua vaga entra a ótima revelação do Borrusia, Götze. Mas tem um meio de campo de muita qualidade de marcação, saída rápida com a bola, bom passe e técnica ofensiva.

Uma ausência de cada lado. Duas equipes com tendências de futebol ofensivo. Promessa de bom jogo de futebol.

Agora nos resta ver o que vai acontecer no 13º jogo de Mano na seleção. Se fosse com Zagallo (outro aniversariante da semana), poderíamos ficar tranquilos. Pelo menos na superstição, já estaríamos na frente.

3 de ago. de 2011

Pitacos para a 14ª rodada

Corinthians x América MG: O duelo do líder do campeonato contra o lanterna. Só essa frase já poderia ser suficiente para apontarmos o provável resultado do jogo. Além disso, o Timão vai jogar em casa, focado em aumentar a diferença para os outros clubes, já que depois das derrotas para Cruzeiro e Avaí, Flamengo e Palmeiras se aproximaram muito do líder. Só mesmo se o treinador interino, Milagres, "justificar o seu nome", o Coelho leva os três pontos. 

Ceará x Avaí: O Vozão é muito forte em casa, e aposta na força da torcida para se recuperar da goleada por 4 a 0 contra o Flu. O destaque da partida é a provável estreia do zagueiro e volante Edmilson, pelo Ceará. O pentacampeão com a seleção brasileira, contratado no mês passado, até agora não vestiu a camisa do Alvinegro em um jogo oficial.  Palpite: Ceará

Figueirense x Botafogo: O Figuerense conseguiu se destacar no começo do campeonato pelas vitórias em casa. Depois disso, são seis rodadas sem vitória, indepedente do local. Já está a cinco pontos da tão temida zona. Para se recuperar, o Figuera vai enfrentar um Botafogo embalado por duas vitórias seguidas, a última delas no retorno de Loco Abreu, visando o G4. A equipe carioca vai repetir a escalação enquanto o time catarinense perdeu o atacante Aloísio e o lateral Pablo. Palpite: Botafogo

Grêmio x Atlético MG: O duelo de previsão mais díficil da quarta. Grêmio e Galo são duas equipes que ainda não mostraram a que vieram no campeonato. Equipes tradicionais que vem fazendo uma campanha bem abaixo do esperado. O tricolor aposta na força do Olímpico, porém não conta com o zagueiro Rodolfo, o lateral Gabriel e o meia Douglas. O Galo tem apenas os desfalques dos atacantes Marquinhos Cambalhora e Guilherme. Palpite: Empate

Coritiba x Palmeiras: O Coxa quer reviver o histórico 6 a 0 no Couto Pereira, pela Copa do Brasil desse ano. Na verdade, reviver não é a palavra, é mais recordar. Já o Palmeiras quer provar que aquilo não foi nada menos do que uma aberração.  Os Paulistas mudaram muito seu time desde aquele jogo, e hoje, contam com a possível reestreia do zagueiro Henrique e do trio de ataque Maikon Leite-Valdivia-Kleber. O Coxa perdeu o lateral Jonas, suspenso, e Pereira , Djair, Willian, Everton Costa e Leonardo estão machucados. Palpite: Palmeiras

Cruzeiro x Flamengo
: O Flamengo quer entrar para a história com o melhor início de Brasileirão rubro-negro da história. Isso aconteceu em 1974. Foram oito vitórias e seis empates nas 14 primeiras rodadas. Em 2011, com sete vitórias e seis empates nas 13 primeiras rodadas, o Flamengo pode igualar a campanha de 74 se vencer o Cruzeiro, em Sete Lagoas. Ou igualar a série, com um empate a mais, se sair de campo com igualdade contra o Cruzeiro. Mas para isso, irá enfrentar a equipe celeste com um grande desfalque, o volante Willians. Ele poderia ser "o" marcador de Montillo, principal articulador da equipe celeste. Além dele, Wellinton também recebeu o terceiro amarelo. Já que falamos que o Fla pode fazer história, o Cruzeiro sustenta um tabú interessante contra o Fla: nos últimos 7 jogos, são 7 vitórias dos mineiros, apesar de não contar com Roger e Diego Renan, o Cruzeiro pode surpreender.  Palpite: Empate


Vasco x Santos:
O melhor jogo da rodada. Duas equipes empolgadas com as vitórias no ano. O Santos, campeão da Libertadores, ainda não "estreiou" no Brasileiro, mesmo com Elano, Neymar, Ganso, Ibson e companhia limitada. O Vasco joga em casa e aposta no contra-ataque para vencer. Jogão sem dúvida. Palpite: Empate

27 de jul. de 2011

A Audi Cup colorada

Para quem não sabe, a Audi Cup é um campeonato de início de temporada europeia, em que a montadora de carros alemã, convida quatro clubes para a disputa de um torneio com o objetivo de promover a marca da empresa no mundo. Para os clubes europeus, o interesse é em pegar ritmo de jogo. É semelhante aquelas competições caça-niqueis que o Santos de Pelé disputava. Um tipo de torneio muito comum na Europa nessa época de fianl de pré temporada.

Nesse ano, o Internacional foi convidado. Mas você deve estar pensando, o Colorado tem que ir até a Alemanha, mudar a tabela do Brasileiro (que não é nada difícil atualmente), corre o risco de ter jogadores machucados... O que ele disputando a competição? 

Além dos U$ 300 mil pela participação, ele adquire projeção no exterior. É uma ótima jogada da boa gestão de marketing gaúcha, que aposta em projetos vitoriosos, como o "Sócio Torcedor" (é o clube que mais tem sócios torcedores no país).

Além do lado financeiro e de marketing, a participação colorada na competição foi proveitosa em campo. Empatou duas vezes por dois a dois com equipes mistas de Barcelona (que mesmo jogando com apenas 3 titulares mantém de forma impressionante o controle da partida) e Milan (os italianos conseguiram, nos penalties, repetir a proeza brasileira de perder quatro seguidos). 

O Inter conquistou o terceiro lugar. Mais do que isso, conseguiu recuperar o goleiro Renan (defendeu três penais na decisão da medalha de bronze) e  mostrar alguns jovens talentos para o mercado internacional, como Ricardo Goulart, Elton, Gilberto...

E aí que mora o perigo. Até agora, Leandro Damião é, junto com Ibrahimovic, o artilheiro da Audi Cup.Dois gols "de centroavante" em dois jogos. Será isso que não vai incendiar o interesse dos europeus nele? 

Ele tem contrato renovado até 2016 e multa estipulada. O Tottenham, até o momento, é quem entrou mais firme na disputa para ter o camisa 9 colorado. Os ingleses chegaram a ofertar 15 milhões de euros e estudam uma nova investida, subindo o valor em dois milhões. Será que essa exposição não é uma tentativa de aumentar ainda mais o valor de venda do atleta? É o que veremos até o fim de agosto. 

25 de jul. de 2011

A convocação de Mano

Mano Menezes, mais uma vez, inovou na convocação para o amistoso contra a Alemanha, no próximo dia 10 de agosto, em Stuttgart. Do grupo que viajou para a Argentina e foi eliminado pelo Paraguai, são seis novidades: Dedé (Vasco), os volantes Luiz Gustavo (Bayern de Munique) e Ralf (Corinthians), os meias Fernandinho (Shakhtar Donetsk) e Renato Augusto (Bayer Leverkusen) e o atacante Jonas (Valencia). 

Dos convocados para a Copa América, o treinador deixou de fora o goleiro Jéfferson (Botafogo), o lateral esquerdo Adriano (Barcelona), o zagueiro Luisão (Benfica), o volante Sandro (Tottenham), e os meias Elano (Santos) e Jádson (Shakhtar Donetsk).  Além de Sandro que foi cortado por lesão, Elano não foi convocado  porque vêm jogando desde a Copa do Mundo. Acredito que a ideia é descansa-lo e poupar da críticas pelo erro no penalty na Argentina. Jefferson não vai para a Alemanha porque para Mano, ele é reserva de Victor, e não são necessários três goleiros para um amistoso.

As substituições: trocam as peças mas as posições são as mesmas 
Mano Menezes trocou os convocados, mas é nítido que a tática será mantida. Coerente. Vamos  analisar:

A convocação de Dedé é justa.  Ele é um zagueiro jovem e é o principal destaque defensivo no futebol brasileiro. Dentro da proposta de renovação da seleção, é uma aposta coerente, até porque Luisão nunca convenceu com a amarelinha. 

Luiz Gustavo é uma ótima aposta. Um jogador jovem, que pode jogar tanto de lateral esquerdo (mais defensivo), como volante. Só que eu levaria Adriano e não André Santos. Marcelo não será convocado enquanto Mano for treinador da seleção, não adianta chorar. Jogador que dá "migué" para não ser selecionado não merece a convocação. 
Ralf é um dos grandes responsáveis pela ótima fase do Corinthians. Volante moderno, um dos maiores ladrões de bola do brasileiro, sabe subir ao ataque e chuta muito bem. Nós últimos jogos, seu companheiro de meio de campo, Paulinho vem jogando melhor, mas no ano, Ralf se destacou mais. Ele vem para substituir Sandro, ou seja, para jogar de primeiro volante, portanto, convocação justa.

Fernanandinho vai substituir Elano. A ideia é buscar um atleta que pode jogar tanto como segundo ou terceiro homem de meio. A diferença é que o jogador do Shakhtar é mais rápido, enquanto o do Santos é mais técnico. É válida a tentativa.

Renato Augusto é mais lento e mais forte que Jádson. Os dois fizeram boas temporadas  na Europa. Jádson é um pouco melhor, na minha opinião. Mas os dois jogam na mesma posição: meia direita e são condutores de bola. Troca de seis por meia dúzia. 

Jonas é uma aposta de Mano. Depois da Copa América, ficou clara a busca do treinador pelo camisa  9. E o ex atleta do Grêmio é mais uma aposta. Veremos se vai dar certo. Mas dentro dessa característica - o atacante de velocidade e finalizador- como é Pato, eu prefiro Nilmar a Jonas. É  questão de opção.


Os que poderiam estar:


Hernanes é um ótimo jogador e é injusto ele ser punido (até hoje) pela expulsão contra França no início do ano. 

Hulk é um bom atacante. Mesmo não sendo um centroavante clássico (camisa 9), tem muita força, explosão e técnica. Deveria ser testado. 

Arouca é o melhor volante jogando no futebol brasileiro. Acredito que não foi convocado para não ter que escutar reclamações do Muricy. É uma pena.

Nilmar, como já afirmei no post, é ótimo jogador. Merece mais do que Jonas, porém nunca jogou com Mano. Infelizmente, isso faz diferença.




A lista completa dos "Manos do Mano"

Goleiros: Júlio César (Inter de Milão) e Victor (Grêmio)
Laterais: André Santos (Fenerbahce), Daniel Alves (Barcelona) e Maicon (Inter de Milão)
Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco), Lúcio (Inter de Milão) e Thiago Silva (Milan)
Meio-campistas: Elias (Atlético de Madri), Fernandinho (Shakhtar Donetsk), Lucas (São Paulo), Lucas Leiva (Liverpool), Luiz Gustavo (Bayern de Munique), Paulo Henrique Ganso (Santos), Ralf (Corinthians), Ramires (Chelsea) e Renato Augusto (Bayer Leverkusen);
Atacantes: Pato (Milan), Fred (Fluminense), Jonas (Valencia), Neymar (Santos) e Robinho (Milan)

20 de jul. de 2011

O empate de Palmeiras e Flamengo

O jogo era cercado de uma atmosfera extremamente tensa. Kleber joga ou não joga? Jogou e mostrou tudo aquilo que é: bom jogador, mas com sério desvio psicológico. Para não falar de caráter.

No campo, o resultado foi justo: cada equipe teve um tempo em que foi superior. O Flamengo tentou ganhar no início. Teve mais posse de bola e foi mais ofensivo. Na etapa complementar, o Verdão foi melhor, mas esbarrou na falta de qualidade de seus jogadores e na boa marcação do meio de campo rubro-negro.  

No fim, um zero a zero justo.

No primeiro tempo: Fla foi ligeiramente melhor

A partida começou na atmosfera que se imaginava. Tensão era o que se respirava no Pacaembu. Prova disso foi a entrada de Marcos Assunção em Willians logo no primeiro lance da partida. Esse foi o destque inicial da partida: marcação.

Depois dos dez minutos iniciais,  o Flamengo conseguiu impor seu estilo. Com mais posse, o time de Luxemburgo criava mais do que o adversário. Aos 14', Aírton, aos trancos e barrancos, roubou uma bola, tabelou com Thiago Neves que devolveu e o "Caveirão" da Gávea retribuiu o passe, agora por elevação, Thiago Neves girou e mandou uma bicicleta da entrada da área. Marcos não teve dificuldade para defender. 

Aos 18' o lance de mais perigo da partida até então. Thiago Neves recebe um passe de Willians na entrada da área, dribla dois, e chuta de perna direita para boa defesa de Marcos. Um minuto depois, lance polêmico. Após chutão da defesa e indecisão entre Angelim e Wellinton, Kleber entra na área, divide com o zagueiro, recebe um tranco por trás e caí. Na minha visão, falta. Fora da área. 

Aos 22', Cicinho foge pela direita e toca para Kleber que dribla Wellinton e cruza para Maikon Leite. Ele chuta fraco para defesa de Felipe. Dois minutos depois, Marcos Assunção mostra sua qualidade na bola parada. Viu o Felipe adiantado e bateu no contrapé dele. Chute perigoso. Aos 30', escanteio para o Palmeiras. Mais uma vez Felipe está mal posicionado, Marcos Assunção bate fechado e quase faz o gol olímpico. Três minutos depois, Thiago Heleno bate falta muito forte. Na rede pelo lado de fora.

O Verdão equilibrava a partida, com mais posse de bola e movimentação de Maikon Leite e Luan pelos lados. No fim do primeiro tempo, em uma distração da zaga em batida de lateral, Maikon Leite recebe a bola na grande área e chuta para fora. Assim terminou o primeiro tempo.
Verdão melhor na segunda etapa

O segundo tempo começou muito movimentado. Logo no primeiro minuto, jogada trabalhada da equipe paulista pela direita até encontrar, na esquerda, Gabriel Silva que chutou mal. No minuto seguinte, Ronaldinho bateu uma falta e obrigou Marcos a fazer grande defesa. Lembrou a falta da Copa de 2002 contra a Inglaterra, só que com final foi diferente.

Cinco minutos depois, o veloz Maikon Leite rouba a bola na esquerda, dribla Léo Moura e cruza para Luan que chuta para fora. Na sequência, Thiago Neves toca para R10 que lança no “ponto futuro” para Renato Abreu que chuta muito mal.

Aos 11', Ronaldinho Gaúcho dá um pique para marcar pressão (coisa rara), Marcos toca para Cicinho que se enrola e divide com Júnior César, a bola sobra para Ronaldinho que chuta de cobertura para defesa espetacular de Marcos. Só que ele estava impedido. Uma pena. Foi o lance mais bonito do jogo.
O Verdão era melhor no segundo tempo. Muita movimentação e pressão na saída de bola carioca. Alias, chamar de saída de bola é um elogio. Willians, Renato e Aírton não conseguiram se aproximar de Deivid, R10 e Thiago Neves. Na maioria das vezes, o que aconteceu foi o famoso "chutão" para frente.

O jogo caiu muito na metade final do segundo tempo. Apesar de ter mais posse de bola, o Palmeiras esbarrou na falta de qualidade de muitas peças de seu time. Luan marca bem, compõe o campo defensivo, corre muito, mas é não é um finalizador, é pouco técnico. Márcio Araújo é um bom marcador. Só isso. Maikon Leite cansou. Ou seja, a equipe de Felipão dependia do avanço dos laterais ou de jogadas do Gladiador e da inteligência de Marcos Assunção.

Enquanto isso, o Fla só marcava. Willians, que na primeira etapa foi muito efetivo no ataque, cansou. Aírton não sobe bem ao ataque e Renato ficou preso na defensiva esquerda. Com exceção feita a uma grande defesa de Marcão, numa falta de Ronaldinho Gaúcho, o segundo tempo foi muito pobre de futebol. 

O Gladiador mostra sua "cara"

Já no fim do jogo, o Gladiador tumultuou. Após uma contusão de Júnior César, Leandro Vuaden parou o jogo. Bola ao chão. Normal. Depois de muita conversa, Kleber disse que iria devolver a bola, e, enquanto a defesa do Fla espera que a bola seja jogada para fora, o Gladiador corre pela esquerda e chuta para o gol. A confusão está armada. Não teve briga, mas se sai um gol... O jogo iria terminar.

Se fosse só a cotovelada... (Foto Ag. Estado)
Atitude de alguém que tem desvio de caráter, anti-ético, falta de fair play foi o que muitos afirmaram. Eu concordo e ainda acrescento: na minha visão, o que ele quis foi “jogar para a galera", refazer o "filme" dele com a torcida. Ganhar moral. São muitas as gírias, que dizem a mesma coisa.

Depois de toda confusão que ele armou, pedindo aumento  de salário (que conseguiu!) e fazer um drama sobre sua permanência no clube, ele arrumou a melhor maneira de ficar bem com a torcida: sendo malandro...

A torcida bateu palmas para a atitude dele.

O resto do mundo do futebol lamenta pelo desperdício de talento numa cabeça tão fraca.

No fim, todos perdem. Principalmente Kleber.

Pitacos sobre a Copa América

O Uruguai foi o primeiro favorito a vencer na fase decisiva da Copa América. Aguarda o jogo entre Paraguai e Venezuela, na noite dessa quarta (20), para a definição do seu adversário na final de domingo.

É o favorito, numa Copa América em que ser favorito não é bom sinal. 

A Celeste tem a oportunidade de se isolar como nação que mais venceu o torneio na história, atualmente está empatada com a Argentina com 14 títulos, tem o melhor jogador da última Copa, Fórlan, e o companheiro de ataque dele, é artilheiro da competição, Luís Suaréz, com três gols. Esses são alguns dos fatores que a colocam como a grande favorita.

É, indiscutivelmente, a melhor seleção dentre as que restaram. Pórem, num campeonato em que o Peru eliminou a Colômbia, a Venezuela venceu o Chile (melhor futebol na competição) e Brasil perdeu para o Paraguai, tudo é possível.

Paraguai X Venezuela

Paraguai é mais tradicional e tem melhores atletas que a Venezuela. Isso não é novidade.

Os reis do petróleo das américas já fizeram muito mais do que imaginavam ao eliminar o Chile, num jogo em que o ataque contra defesa foi mais intenso do que o da eliminação brasileira. É a melhor campanha da história deles. Estão no lucro.

Os Paraguaios também estão empolgados.Afinal de contas, eliminaram o Brasil nos penalties. Só que agora a situação é outra. 

Eles tem a obrigação de vencer, precisam de controlar o jogo. A tendência natural é que eles consigam, mas, com certeza, não será fácil.

Eu não me surpreenderia com uma vitória da equipe de Hugo Chávez. Para felicidade geral dos brasileiros vingativos. 

18 de jul. de 2011

Domingo de injustiça para o Brasil?

O futebol é fascinante. É o único esporte em que nenhuma equipe é obrigada a atacar. E algumas vezes, o time que só se defende, vence. Nesse fim de semana tivemos uma prova viva disso. O Brasil atacou, dominou completamente a partida.Foi a única equipe que buscou o gol no jogo, tanto é que o único lance de perigo dos paraguaios foi um cruzamento da esquerda para Haeldo Valdez, aos 12'30'' do segundo tempo da prorrogação.


Revendo os melhores melhores momentos da partida, contabilizei os lances de perigo de cada time. Foram, pelo menos, onze chances de gol para a seleção brasileira, e apenas uma, já explicitada no paragrafo anterior, para os adversários. Foram chutes de Robinho, de Paulo Henrique Ganso, de André Santos, três milagres de Justo Villar sobre Pato e a defesa paraguaia tirou duas bolas, após vencido o goleiro: uma de Neymar que driblou o goleiro e outra após uma cabeçada de Fred. Um massacre.

Domínio absoluto do Brasil, na melhor partida da equipe na competição, mas como gostam de dizer os superticiosos: "quem não faz, leva". E nos levamos, da pior maneira possível: nas penalidades máximas.

 
Na hora dos penalties, como diria o tricolor Nelson Rodrigues, o "Sobrenatural de Almeida" entrou em campo. Não há nenhuma explicação sóbria para uma equipe profissional de futebol perder QUATRO penalties num mesmo jogo. Pode estar chuvendo, o campo cheio de areia, os jogadores com dor de barriga, nada justifica....

E não é que o Brasil conseguiu perder quatro cobranças de penalty, algo inédito na história do futebol brasileiro. Elano, Thiago Silva, André Santos e o tricolor Fred desperdiçaram. Apenas o ex-zagueiro do Fluminense conseguiu acertar o perimetro entre as traves, mas chutou fraco e, Justo Villar, o grande heroi da partida, fez a defesa. 

Muitos irão dizer que o resultado foi injusto. Eu não concordo. Afinal, o futebol é unico esporte em que não é necessário atacar para vencer. Justo Villar sabe muito bem disso.

15 de jul. de 2011

Obrigado Tolima !

Na noite dessa quinta, o Corinthians venceu o Inter por 1 a 0 no Pacaembu, gol do Willian (ótima revelação vinda do Figuerense). Com a oitava vitória em nove rodadas (a sexta seguida), o Timão confirmou o  melhor ínicio de campeonato na história dos pontos corridos.

Com resultados impressionantes, o alvinegro da capital paulista se coloca hoje, como o protagonista, na disputa pelo caneco do Brasileirão. No futebol atual, são muitos os fatores que fazem um time alcançar essa posição: planejamento, gestão, marketing, porém, no caso Corinthiano, por mais absurdo que possa parecer, eles estão ligados à vexatória eliminação pelo Tolima. 

A eliminação fez o Corinthians se reorganizar

Vamos tentar explicar esse paradoxo:

O time está, desde a dolorosa eliminação na pré Libertadores, focado no Brasileiro. Isso fez com que Andrés Sanches pudesse focar no planejamento do grupo para o Nacional. Assim, foi montado um elenco muito forte. Foram NOVE contratações no elenco principal, sem contar os retornos de emprestimo do ano passado. Só para destacar alguns: Alex (ex-inter), Adriano, Émerson e o ótimo Willian. É o melhor elenco do nacional;

Desde que foi "Toliminado", Tite teve mais tempo para trabalhar o grupo, com jogos apenas nos fim de semana pelo Paulista e Brasileiro. Com a semana cheia, o treinador conseguiu aprimorar o esquema tático que já usava. O 4-3-3 alvinegro é um dos mais eficientes do Brasil, beirando a perfeição tática. Consegue chegar com força ao ataque, se recompõe com velocidadade e contra-ataca de forma fatal e veloz.

Essa eficiencia só é possível devido a impressionante aplicação dos jogadores. É impressionante ver como TODOS os alvinegros marcam. Peças como Willian e Jorge Henrique, apesar de atacantes, marcam a saída de bola adversária e acompanham o avanço dos laterais. A dedicação na marcação faz a diferença. 

A eliminação da Libertadores adiantou  a despedida de Ronaldo. Por mais que ele seja ídolo e fenomeno de marketing, não era mais um atleta. A troca dele por Liedson melhorou, e muito, o time. Hoje, o Timão é um time rápido e letal sem a bola, com um contra-ataque muito forte.


Esses são alguns fatores observados que fazem com que o Timão tenha que agradecer o Tolima pela eliminação. E você,concorda ou discorda?

14 de jul. de 2011

A objetividade que faltou...

A seleção melhorou. Muito pela necessidade da vitória para evitar o vexame histórico de ser eliminado na primeira fase da Copa América com time "completo". A principal diferença foi a postura dos jogadores: focados na vitória e isso pode ser percebido não só pela entrega na marcação ou em fazer a composição defensiva, mas principalmente pelos chutes a gols de fora da área. Sem aquele toque de bola insosso que caracterizou a posse de bola brasileira contra a Venezuela.

Foram vários chutes perigosos de fora ou da entrada da área. Me recordo de dois de Neymar (um que resultou no último gol), um de Robinho na trave no primeiro tempo e um de gol no fim do jogo. Algo que não tinhamos assistido nessa Copa América.

O que isso representa? Que o Brasil buscava o gol desesperadamente? Não. Significa que o Brasil jogou com a humildade necessária para uma equipe vencer. Os chutes de fora da área exemplicam  que, na noite de quarta, a seleção precisava fazer gols. Não queria, precisava. E lutou para isso, com humildade, sem dar espetáculo. Por isso venceu.

Pequenos pitacos...

Maicon entrou e mostrou o que um lateral deve fazer. Marcou com segurança, apoiou com muita força e velocidade. É menos técnico que Daniel Alves, mas impressiona como ele ultrapassa os lateral adversarios. Pelo futebol jogado na Copa América, merece a vaga.

Júlio Cesar é um grande goleiro, está entre os cinco melhores do mundo, mas essa mania de falhar em jogos decisivos...

Paulo Henrique é discreto jogando. Ainda não é, na seleção, o jogador que encanta no Santos. Mas é o maior "assistente" da competição: 3.

Robinho e Neymar atmbém foram muito bem, com velocidade, habilidade e objetivo. Pato mostrou porque tem que ser titular. Ele é muito mais completo do que Fred. O time melhorou e a tendência é crescer ainda mais. Vamos ver no domingo contra o Paraguai.

12 de jul. de 2011

A "estreia" de Messi

Os hermanos sempre reclamaram das atuações de Lionel Messi pela seleção. Até a sua identidade é questionada por muitos. Frases como: "ele não é argentino, não canta o hino" são comuns. Para esses, ídolo é Carlitos Tevez  que foi vitorioso jogando no Boca, cresceu como jogador e como homem nos tangos próximos a La Bombonera enquanto Messi saiu com 12 anos para Barcelona. Mas na noite de segunda, dia 11 de julho, em Córdoba, Messi voltou a "ser argentino", gênio e melhor do mundo.
Messi foi "o" cara da Argentina contra Costa Rica

Ele jogou muito. Deu duas assistências para gols (no total foram oito passes atravessando a defesa para finalizações), driblou e chutou a gol.  Atuou como estamos acostumados a vê-lo em campo: magnífico.

Mas porque ele jogou como no Barcelona somente agora? A resposta é tática.

A Argentina já estava atuando como o Barça, com três atacantes, é o que muitos vão dizer. Na pratica, não é bem assim.

No time de Sergio Batista no começo da Copa América, o meio de campo não era criativo. Banega, Cambiasso e Mascherano eram os responsáveis por passar a bola para Messi. Ela não chegava com qualidade, com isso, ele era obrigado a busca-la, muitas vezes, no campo de defesa tendo muitos adversários pela frente para driblar e poucas opções de tabela. Seus antigos companheiros de ataque, Tevez e Lavezzi são jogadores que tem como principal qualidade a finalização, e não o toque de bola. Num resumo, Messi não tinha uma "assessoria" em campo com o 4-3-3 do começo da Copa América, o que sempre acontece no Barça, com Xavi, Iniesta e Dani Alves (que parece também sentir saudade de Messi).

Na partida de ontem, Batista mudou para o esquema da moda: 4-2-3-1. Higuaín como centroavante, Messi no meio (atrás dos volantes e na frente dos zagueiros, como ele gosta de jogar) e Aguero e Di Maria abertos pelas pontas. Os dois volantes, Mascherano e Gago deram segurança na marcação e tem como caracteristicas o passe preciso. A saída de bola dos hermanos evoluiu e, até mesmo pela necessidade da vitória, o ímpeto ofensivo e agressivo da equipe aumentou. O jogo foi de ataque contra defesa e a pobre Costa Rica, no fim do primeiro tempo sofreu o gol que tantos argentinos sonharam. O gol da classificação e que daria tranquilidade para que no segundo tempo a goleada surgisse naturalmente.

O adversário era fraco, mas a equipe evoluiu. Jogou com raça, disposição e técnica. Jogou como Argentina. De Messi.

8 de jul. de 2011

O que fica da seleção sub 17 ?

A seleção brasileira foi ofensiva, correu, batalhou, pressionou, mas não conseguiu. O Brasil, considerado pela maioria como favorito, atacou muito, mas se desguardou na defesa, perdeu o jogo e foi eliminado. O sonho do campeonato mundial acabou na força do contra-ataque do futebol uruguaio. Foram duas bolas na trave, um festival de gols perdidos, principalmente por Lucas Piazon (muito mais notado pelos gritinhos histéricos das mexicanas do que pelo futebol). O sonho do tetra se foi. Mas o que "fica" desse time?

Maicon se lamenta por gol perdido (Foto: EFE)


O principal objetivo de uma seleção de base é revelar jogadores. Ganhar o Mundial é bom? Claro, é marcante, faz os jogadores entram na história. Mas o principal, na minha hulmide opinião, é revelar jogadores. E isso a seleção conseguiu fazer. Meus destaques são:

- Charles (Cruzeiro): falhou no jogo contra a Celeste, mas foi muito importante na fase de grupos. Mais um bom jogador da escola de goleiros da Toca da Raposa; 
- Wallace (Fluminense): lateral direito de muita força, velocidade e ainda bate bem na bola. Lembra, eu disse lembra,  Maicon no começo da carreira; 
- Misael (Grêmio): Volante que marca bem e sabe sair jogando. Tem o estilo do Lucas Leiva (ex-tricolor gaúcho e atualmente titular de Mano Menezes)

- Adryan (Flamengo): Meia de criação que joga pelos lados do campo. Muita velocidade, habilidade e bate muito bem na bola. Não consegue ser constante durante o jogo, "some". Mas é um dos grandes destaques da equipe junto com Ademílson.
- Ademílson (São Paulo): Atacante de área. Foi o artilheiro da seleção com 5 gols. Sabe jogar fora da área e chuta muito bem de longe. Muito promissor e o melhor jogador da seleção no campeonato. 

7 de jul. de 2011

A super quarta de futebol

A quarta-feira, mais uma vez, foi cheia de futebol para nós brasileiros. Além da rodada do Brasileirão e da Copa América (mais um empate da equipe de Lionel Messi), tivemos um espetáculo de exibição da seleção brasileira feminina que venceu por 3 a 0 a "abrasileirada" Guiné-Equatorial (são cinco atletas naturalizadas no elenco). Então, vamos aos jogos:

A super quarta começou com uma pintura

As meninas do Brasil jogam, hoje, o melhor futebol de todas as seleções brasileiras. Mais uma vez, Marta, mesmo muito bem marcada pela brasileira naturalizada Bruna, conseguiu jogar bem e dar uma assistência para o gol de Cristiane. Mas o grande destaque do jogo foi o golaço de Erika. Zagueira, por opção do treinador, a atleta do Santos fez um dos gols mais bonitos de 2011. A seleção jogou muito bem, mas precisa evoluir para enfrentar as grandes equipes do Mundial. Para quem não viu, abaixo estão os melhores lances da partida.  


Mais uma noite de Montillo

Parece que o filme da "Sessão da Tarde" ou o "Vale a pena ver de novo" da TV Globo. Mas não é.  Mais uma vez, o argentino Montillo foi crucial para  a terceira vitória seguida do Cruzeiro. Coincidencia ou não, terceira vitória do "Papai Joel" na direção cruzeirense. As mudanças do Natalino não são muito grandes, mas como ele mesmo gosta de dizer: " a gente começa arrumando a cozinha". Exatamente o que ele fez. Nos últimos três jogos, o Cruzeiro sofreu apenas um gol e marcou oito. Os três volantes (Leandro Guerrero, Fabrício e Marquinhos Paraná) dão liberdade para o argentino chegar ao ataque e finalizar, aproveitando a intensa movimentação de Wallyson e Thiago Ribeiro. Com isso, Montillo é o artilheiro do Brasileirão e o Cruzeiro recupera seu status de favorito na competição. Muito justo. 

O desfalcado Inter vence mais uma

O Internacional fez a sua obrigação. Mesmo sem contar com D'Alessandro, Tinga e Andrezinho, o Colorado venceu, com méritos, o Furacão. Foi sem golear e encantar, como fez nas últimas duas rodadas, mas ganhou com uma boa atuação do ex-sãopaulino Oscar e de Zé Roberto. A equipe de Paulo Roberto Falcão tem um grande elenco e vai lutar pelo título nesse campeonato. Já o Furacão tem o pior início de uma equipe desde que o brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos. Renato Gaúcho terá trabalho. Muito trabalho... 

O drama atleticano

É a terceira goleada seguida sofrida pela equipe de Dorival Jr. Desfalques, falta de repetição dos jogadores titulares, falta de entrosamento... Os motivos são muitos, mas o resultado é o mesmo: derrota. O que será que acontece com o Galo? O elenco não é tão ruim. Afinal, quem não vê com bons olhos jogadores como Guilherme, Réver, Leonardo Silva, Daniel Carvalho? Estrutura? A Cidade do Galo é um dos melhores CT's do país, senão o melhor. Ao que tudo indica, o problema é interno. Crise no elenco? Talvez. Infelizmente, a corda arrebenda onde o nó é mais fraco e não acredito que Dorival Jr vai terminar o Brasileiro morando em BH.

Avaí 2 x 2 Bahia

Avaí e Bahia fizeram um jogo pouco "pensado" e muito corrido na Ressacada. O Avaí, impulsionado pela pessíma campanha e pela torcida,  tentou assumir o controle do jogo. A entrada de Robinho no time titular fez a equipe catarinense ter mais um meia de criação, auxiliando Pedro Ken na armação. Melhorou, porém não resolveu. O que deu certo foram as bolas alçadas na área.

O Bahia apostou novamente no contra-ataque com as enfiadas de bola de Ricardinho para a velocidade de Jóbson e a presença de área de Júnior. O resultado não poderia ser outro: empate. 

 A "estreia" do Reizinho da Colina

O grande jogo da noite era o Pacaembu:  retorno de Juninho Pernanbucano. Logo aos dois minutos de jogo, ele mostrou aquele que sempre foi seu diferencial: a bola parada. A equipe cruzmaltina ganha mais essa arma para o time, além de melhorar muito seu passe. O problema é que o meio de campo com Juninho Pernambucano, Felipe e Diego Souza não tem pegada. E foi assim que o Corinthians venceu o jogo, pressionou o Vasco, adiantou suas linhas de marcação (tanto é que os dois gols dos paulistas foram dos volantes) e fez os gols.  Depois, recuou e segurou o placar.

Independente do resultado, o Vasco está armando um ótimo time para a Libertadores 2012. Não acredito que a equipe da Colina vá disputar o título, mas Ricardo Gomes tem muitas opções e condições  de chegar lá, se não se desmotivar durante a competição. E Juninho já mostrou que vale muito mais do que os R$ 600 que ele recebe por mês.
O Timão? A fiel torcida tem a obrigação de estar empolgada. São muitos motivos para comemorar: o Corinthians venceu, dormiu na liderança com três pontos de vantagem e ainda tem um jogo a menos; o time está invicto; só vai disputar o Brasileirão até o fim do ano; o elenco é um dos melhores do Brasil, com direito a Alex e Emerson Sheik no banco e Adriano por estreiar. É para festejar com dignidade.

Flamengo vence com tranquilidade um apático São Paulo

Um samba de uma nota só. Assim poderia ser definidao jogo entre Flamengo e São Paulo nesta quarta-feira. A equipe carioca, jogando no Engenhão, empolgada pelas últimas duas vitórias seguidas partiu para cima de um São Paulo fraco e desmotivado. Sem Lucas e Casemiro, os tricolores perderam a cara do time, a velocidade que foi o trunfo nos primeiros cinco jogos do campeonato, que agora pode ser chamada de correria. Não existe jogada trabalhada, é tudo na base do "vamo que vamo". Não funcionou.

O Flamengo, por outro lado, foi o dono do jogo. A entrada de Aírton, além de melhorar a bola aérea defensiva, deu mais consistência a marcação, liberando Willians para jogar como jogou em 2009, com liberdade de subir pela direita e ajudar Léo Moura no apoio, com o diferencial de roubar bolas no campo de ataque, mais próximo do gol. Ronaldinho Gaúcho também jogava bem pela esquerda, com aproximação de Renato e Júnior Cesar (um dos melhores em campo). A equipe carioca dominava mas não conseguia fazer o gol. Até que Luxemburgo mudou o time. Saíram Aírton (cansado) e Deivid (partida regular) e entraram Botinelli e Negueba. O Fla começou a jogar em altissíma velocidade, e numa jogada pela direita, o magrinho recém promovido das divisões de base deu um drible na ponta e cruzou para trás. Thiago Neves fez um lindo porta-luz para o argentino que chutou de primeira no contrapé de Rogerio Ceni. Golaço.

O Fla ainda criou mais chances, mas o resultado ficou mesmo no 1 a 0. Foi pouco pelo que jogou a equipe rubro-negra que evoluiu a cada rodada e dormiu na vice liderança do campeonato. E Carpeggani balança cada vez no Morumbi. Ele está mais do que na corda bamba. Se perder na próxima rodada, caí.

4 de jul. de 2011

O que faltou a seleção?

A seleção brasileira estreiou abaixo daquilo que todos imaginavam. O quarteto fantástico de Mano Menezes (Pato, Neymar, Robinho e Ganso) não funcionou. A ascendente equipe da Venezuela, não é a mesma que levou 7 a 0, na estreia de Ronaldinho Gaúcho, pela Copa América de 1999.  O futebol venezuelano evoluiu muito desde então, e, já rivaliza com o beisebol no interesse dos eleitores de Hugo Chávez. Mesmo assim, o Brasil podia mostrar mais. Na verdade, deveria.

A seleção canarinho veio com a formação tática da moda: o 4-2-3-1. Hoje, com exceção da camisa 6 que deveria ser de Marcelo, mas não será por problemas extracampo, a equipe brasileira tem poucos ou quase nenhum jogador, dentro do grupo convocado, a ser contestado. O time é esse. Então, o que faltou?

Faltaram muitas coisas. A primeira delas? Humildade. Uma seleção renovada e com baixa média de idade precisa se consagrar pelo resultado antes do que pelo espetáculo. Um está atrelado ao outro. E o Brasil quis dar show antes de vencer o jogo, no ultimo domingo. Principalmente na etapa inicial. Teve 68% de posse de bola e grandes chances de gols desperdiçadas, principalmente com Robinho e Neymar muito caprichosos ao finalizar. Faltou a "solucionática" Dadá Maravilha que afirmava que "feio é não fazer o gol."

Faltou mobilidade ao time. Neymar ficou muito preso na ponta esquerda e Robinho na direita. Não houve troca de posições entre os atacantes da seleção. Ficaram estagnados em seus respectivos posicionamentos iniciais, e, com isso, o Paulo Henrique Ganso não conseguiu aproximar dos atacantes para triangular os passes e, consequentemente, fazer a bola chegar a condições de finalização para o centroavante Alexandre Pato. Este que foi na minha visão, o melhor jogador brasileiro na partida. Mesmo muito isolado, sempre que recebia os lançamentos longos da zaga (os certos eram de Thiago Silva e os errados de Lúcio), dominava a bola e conseguia ou fazer o pivô ou finalizar. É um ótimo atacante.

Ganso não conseguiu ser "o" camisa 10 da seleção
Faltou principalmente criatividade à seleção. E qual é a razão disso? O "sumiço" de Ganso no meio de campo. Convocado como "A" solução da armação de jogadas, o camisa 10 do Santos não conseguiu realizar seu papel. Muito bem marcado e sem grande ajuda dos seus companheiros, ele falhou. Nem tanto por omissão dele. Mais por falta de possibilidade de passes e de variação tática que Mano armou para o time. Hoje, o Brasil não tem um jogador convocado que pense as jogadas, além do meia da baixada santista. A alternativa tática que Mano possuia era colocar Lucas, meia destro de habilidade e velocidade. Mas preferiu colocar Fred como referência. Não funcionou. Depois, viu que a única alternativa do banco era Lucas do São Paulo. Colocou e retirou Pato. Também não deu.

A Venezuela comemorou o empate, o segundo seguido contra a equipe brasileira. A seleção de Mano perdeu dois pontos. Não é hora de se desesperar, mas é hora de repensar. O treinador deve estar sentindo falta de Anderson e Hernanes, meias que poderiam ajudar Ganso na criação. Paciência.

Agora é hora de intensificar o trabalho, fazer com que o time se movimente mais e chute mais ao gol. Qualidade não falta a seleção. É mais técnica desde a geração de Ronaldinho Gaúcho, mas precisa querer ganhar. É principalmente isso que falta a seleção: gana de vencer

29 de jun. de 2011

Destaques da 6ª Rodada do Brasileiro

O Majestoso

O grande destaque da rodada foi o clássico paulista. Futebol envolvente apresentado pelo Corinthians. "Zidanilo" inspirado na criação das jogadas e com o hat trick de Liedson, o Timão aniquilou o São Paulo. Tudo bem que Carlinhos Paraíba foi expulso no primeiro tempo e facilitou o caminho alvinhegro. Mas mesmo assim,  cinco a zero marca. O São Paulo tentou jogar de igual para igual com um a menos e tomou a maior goleada da história do clássico. Com direito a frango do ídolo maior do clube. Faltou inteligencia a Carpegiani e sobrou competência para o Corinthiansm que pode ir muito longe nesse campeonato. E ainda vão entrar nesse time: Alex, Adriano, Emerson. Timão é um dos favoritos no Brasileirão. E o São Paulo? O São Paulo tem um bom time, só que, assim como o Santos, vai sofrer com as ausências dos jogadores na seleção. Lucas e Casemiro fazem muita falta ao Tricolor.



Flamengo 4x1 Galo

Flamengo e Atlético Mineiro fizeram um jogo muito morno no primeiro tempo. Poucas chances de gols, muitos erros de passes, o roteiro clássico de um jogo perfeito para uma soneca no sofá. Mas no segundo tempo, o jogo mudou. O Fla dominava as ações, tentava criar mas não conseguia. Mesmo assim, quem abriu o placar foi Dudu Cearense de cabeça, numa falha coletiva da zaga rubro-negra ( a bola aérea aterroriza o time de Luxemburgo). Depois do gol, paradoxalmente, o time melhorou. Cresceu. Depois de uma jogada pela direita, o apagado Ronaldinho Gaúcho recebeu uma bola na entrada da área, dominou de coxa e chutou num sem pupo no ângulo do Renan Ribeiro. Golaço. E ele foi a locomotiva para puxar o bonde rubro-negro no jogo. Voltou a jogar, principalmente pela esquerda, lembrando o R10 que jogou contra o Avaí (unica grande atuação no dentuço no Fla). Thiago Neves aproveitando cruzamento de Léo Moura e Deivid, duas vezes, completaram a goleada rubro-negra. Três gols em 20 minutos. O final foi animador para a maior torcida do Brasil.

15 de jun. de 2011

Santos alá Muricy

Depois de um longo inverno, volto com as atualizações do blog. Peço desculpas àqueles guerreiros que me acompanham aqui, mas por motivo de força maior (duas semanas sem computador) o blog ficou desatualizado. Chega de conversa fiada. Vamos falar de futebol.

O Santos conseguiu um bom resultado jogando fora de casa nos primeiros 90 minutos da final da Libertadores. Um empate sem gols fora de casa. Um resultado com cara, nome e sobrenome: Muricy Ramalho. Ele armou o time com três volantes e um "meia" (Elano) confiando na velocidade do contra-ataque com Neymar e Zé Love no ataque. Não conseguiu criar grandes jogadas. Mas marcou bem.

O principal mérito foi do sistema defensivo. Adriano fez marcação individual em Martinucco. Foi perfeito. O argentino, destaque do Peñarol e pretendido por meio mundo, não conseguiu se destacar. Durval comandou a defesa na ausência do capitão Edu Dracena e Alex Sandro foi espetacular na lateral esquerda, principalmente na marcação que não é uma caracteristica dele. Um time efetivo na marcação e pouco criativo com a bola no pé, que confia cegamente na criatividade de um atleta diferenciado (qualquer semelhança com o Flu do ano passado não é mera coincidencia).

A perspectiva do alvinegro praiano é boa. O departamento médico confia na volta de Jonathan, Edu Dracena, Léo e Paulo Henrique Ganso. Desses, apenas o zagueiro é certo porque cumpriu suspensão nessa quarta. O time brasileiro é muito mais técnico e tem o melhor jogador da América do Sul. Mas vai ter que atacar, agredir os paraguaios. Será necessário criatividade e variação de jogadas ofensivas, algo que não aconteceu no Estádio Centenário. 

Os uruguaios virão para o Brasil para contra-atacar. São mais pergisosos assim. Dessa forma, eliminaram Velez, Universidad Catolica e Internacional. A promessa é de jogaço no Pacaembu. Meu palpite: o Santos vence por 1 a 0, alá Muricy Ramalho.

1 de jun. de 2011

Vasco X Coxa

 Uma finalissíma inédita será vista, hoje a noite, para aqueles que forem até São Januário. O Coritiba nunca disputou uma partida decisiva de Copa do Brasil, mas os jogadores querem colocar mais uma vez o nome na história do clube - esse ano o Coxa conquistou o maior recorde de vitórias seguidas do futebol brasileiro (24 jogos). O Vasco vai disputar sua segunda final, em busca de um título nacional, algo que o torcedor cruzmaltino não vê desde da Copa João Havelange em 2000. A expectativa é de um grande jogo.

As equipes

Além de jogar em casa, a equipe cruzmaltina pode ser apontada como favorita pela boa fase dos seus meias e atacantes. Diego Souza, Felipe, Alecssandro e Eder Luis estão entrosados e, apesar da ausência do "Neto do Vento", a entrada de Bernando pode melhorar a efetividade do ataque de Ricardo Gomes. O outro desfalque carioca é o lateral Ramon que deve ser substituido por Márcio Careca.

No lado verde da decisão, o técnico Marcelo Oliveira quer levar o Coxa para a segunda Libertadores de sua história. Para isso, ele aposta na velocidade de Anderson Aquino, Davi e Rafinha nos contra-ataques.E terá que lutar contra os desfalques. O zagueiro Pereira e o atacante Marcos Aurélio seguem em recuperação. O primeiro pode voltar para o segundo jogo; já o atacante está vetado também para a partida de Curitiba. O volante Leandro Donizete, que sofreu uma distensão muscular na panturrilha, é outra baixa na equipe alviverde. Para a vaga dele, o técnico Marcelo Oliveira tem três opções: Willian (que ainda se recupera de lesão no tornozelo), Marcos Paulo e Djair.


Prováveis escalações :

Vasco: Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins e Marcio Careca; Romulo, Eduardo Costa, Felipe e Bernardo; Diego Souza e Alecsandro. Tec: Ricardo Gomes.

Coritiba: Edson Bastos; Jonas, Emerson, Demerson e Lucas Mendes; Willian (Marcos Paulo ou Djair), Léo Gago, Rafinha e Davi; Anderson Aquino e Bill. Tec: Marcelo Oliveira.

20 de mai. de 2011

Os 28 de Mano

O  técnico Mano Menezes convocou 28 jogadores para os amistosos contra a Holanda, no dia 4 de junho, no Serra Dourada, em Goiânia, e diante da Romênia, quatro dias depois, no Pacaembu, em São Paulo (é importante lembrar que Ronaldo Fenômeno será o 29º "atleta" desse grupo, já que contra a Romênia ele fará sua despedida da seleção).


Após a partida diante da Romênia, no dia 7 de junho, Mano Menezes cortará seis atletas e divulgará a lista de convocados para a Copa América no Pacaembu, em São Paulo. A estreia da Seleção será no dia 3 de julho, contra a Venezuela, em La Plata. Mano espera contar com Paulo Henrique Ganso que se recupera de lesão.

A convocação foi dentro daquilo que a imprensa imaginava. No geral as escolhas foram coerentes. Ele manteve a base que vinha convocando e trouxe apenas 3 novidades (Thiago Neves, Fred e Fábio do Cruzeiro) . Vamos aos nomes e os comentários sobre cada posição.

A lista:

GoleirosJulio César (Inter de Milão)
Jefferson (Botafogo)
Victor (Grêmio)
Fábio (Cruzeiro)

Laterais

Daniel Alves (Barcelona)
Maicon (Inter de Milão)
André Santos (Fenerbahçe)
Adriano (Barcelona)

Zagueiros

Lúcio (Inter de Milão)
Thiago Silva (Milan)
David Luiz (Chelsea)
Luisão (Benfica)

Volantes

Lucas Leiva (Liverpool)
Ramires (Chelsea)
Sandro (Tottenham)
Henrique (Cruzeiro)
Anderson (Manchester United)

Meias

Elano (Santos)
Elias (Atlético de Madri)
Lucas (São Paulo)
Thiago Neves (Flamengo)
Jadson (Shakhtar Donetsk)

Atacantes
Robinho (Milan)
Neymar (Santos)
Alexandre Pato (Milan)
Nilmar (Villarreal)
Leandro Damião (Internacional)
Fred (Fluminense)

Comentários:
 

Goleiros: Justa oportunidade ao Fábio. Faz ótimas temporadas desde que saiu do Vasco. Os outros goleiros são os melhores do país. Talvez o Diego Alves (ex Galo, atualmente no Valencia) poderia ter uma chance no lugar do Victor que está voltando de lesão.

Laterais: Na direita, nenhuma discussão. Apesar das más exibições de Maicon ainda é o melhor reserva para o Dani Alves. Na esquerda, a ausência de Marcelo é inexplicável. Tudo bem que Marcelo e Mano Menezes já discutiram via imprensa no passado, mas é inadmissível que ele não esteja nesse grupo. É um dos melhores laterais esquerdos do mundo hoje. Bola fora do Mano.

Volantes: Sem muita discussão. Henrique caiu um pouco de rendimento, mas mesmo assim, o vejo num nível maior do que  Arouca, a outra opção, na minha visão. Willians não tem futebol para ser convocado, mesmo com sua evolução nos passes


Meias: Contesto a presença de Jádson. Apesar de ser o meia de criação central do Shakhtar Donesk que fez ótima campanha na Champions, não vive fase tão espetácular e nem é o melhor meia do time. Willian (ex Timão) teve um ano melhor. Poderia dar a oportunidade a Renato Augusto ou Hernanes que fazem ótima temporada na Europa.


Atacantes: A única novidade é a presença do Fred. Não vive bom momento, mas Mano gosta muito do futebol dele e quer análisar seu trabalho. Eu chamaria o Hulk do Porto. Não é um camisa 9 nato, mas vive fase maravilhosa em Portugal.


Os prováveis cortados:

Fábio- primeira convocação.Mano gosta muito do Victor e O Jeférson vive a melhor fase dos goleiros jogando no Brasil.

Henrique-É o volante mais fraco de todos os convocados. Acredito que ele volta.

Jádson- Ainda não mostrou nada na seleção.

Fred- Vai para ser observado. É ótimo jogador, mas está em má fase. O seu concorrente (Leandro Damião) é, hoje, o maior artilheiro do Brasil: 21 gols em 21 jogos.

Nilmar - Está em boa fase no Villarreal, mas concorre com Robinho e Neymar. Acho difícil.

Thiago Neves - A continuação dele na seleção depende além do seu desempenho e da ausência do Paulo Henrique Ganso.

18 de mai. de 2011

As verdinhas que renasceram os Azuis



Tevez é o artilheiro do inglês e principal jogador do City
Mais de 200 milhões de libras foram gastas com contratações. Finalmente deu resultado. O Manchester City garantiu nesta terça-feira (18) a vaga para a próxima Uefa Champions League. Após a vitória por 3 a 0 contra o Stoke City e a “amarelada” do Arsenal contra Aston Villa (perdeu no Emirates por 2 a 1), os azuis ultrapassaram os Gunners e assumiram a terceira posição no inglês.

Com a classificação garantida, o bilionário xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan, dono do City, está resolvendo investir pesado. Especula-se que serão absurdos € 227 milhões (aproximadamente R$ 523 milhões) para “torrar” em reforços para a próxima temporada. O pedido teria sido feito pelo técnico Roberto Mancini.

O primeiro alvo? Cristiano Ronaldo. O clube pode investir € 150 milhões (R$ 347 milhões) no craque português do Real Madrid que vive uma temporada mágica. São 38 gols no campeonato nacional (sete a mais que Messi) . É o maior artilheiro de uma única edição do espanhol, se igualando a Telmo Zarra e Hugo Sanchéz, que bateram a mesma marca em 1951 e 1990, respectivamente. Na última rodada, ele tem a chance de se isolar ao enfrentar o último colocado Almería, no Santiago Bernabéu.

Com reforços como Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic, que são especulados pela imprensa, alguém dúvida que o City pode chegar lá? Eu não.

9 de mai. de 2011

Primeiros rounds das finais dos estaduais

Galo "jovem" e vingador

Bom jogo em Sete Lagoas. O Galo venceu o jogo embalado pela sua torcida, a única presente na Arena do Jacaré por medida de segurança. Apesar de ter um time menos qualificado tecnicamente e taticamente, o Atlético Mineiro venceu. Méritos de Dorival Júnior que escalou um time jovem (são seis jogadores revelados na base e Mancini que voltou após 9 temporadas na Europa) e dos atletas que não sentiram o peso de uma final contra o maior rival.

Destaques: 

-Do Galo: Patric, apesar de vaiado, fez gol e um ótimo 2º tempo. O ex-jogador do Avaí é a melhor opção alvinegra na direita.

-Do Cruzeiro:
A falha de Fábio no primeiro gol. Um goleiro de sua qualidade não pode tomar daquele. Se falhar mais vezes, a sua chance de jogar na seleção pode ficar ainda mais distante.

-Montillo expulso no fim do jogo. Ele é o melhor jogador do Cruzeiro. Talvez seja o jogador em melhor fase no Brasil. A equipe celeste tem um bom elenco, mas sem dúvidas, Montillo fará falta. 

-Arbitragem: Victorino cometeu penalty no Neto Berola e a expulsão de Montillo foi exagerada, na minha visão. Ambos lances interpretativos. Mas Paulo Cesar é rigoroso e optou pela expulsão. É caracteristico dele.

Gre-nal número 386

Uma vitória tricolor por 3 a 2 em pleno Beira-Rio. É óbvio que é uma vantagem, venceu fora de casa, marcou três gols... Mas os clássicos gaúchos são muito imprevisíveis. A virada colorada é possível, até porque Paulo Roberto Falcão  têm um melhor plantel a disposição do que Renato Portalupe. Veremos no próximo domingo qual será o primeiro ídolo a conquistar um título, como treinador, em terras gaúchas.

Destaques:

-Colorado: As pessímas saídas do gol de Renan. Levou dois gols por cobertura. O último numa saída desastrosa, em que não conseguiu ganhar de Júnior Viçosa que disputou a bola de cabeça. É preocupante. A zaga também está lenta: Rodrigo, índio, Bolívar são jogadores experientes. Não tem mais a velocidade de outrora. O time do Inter precisa de renovação. E ela deve acontecer depois do fim do Gaúcho.

- Grêmio: Além dos dois gols de Júnior Viçosa, é importante destacar a revelação tricolor Leandro. Habilidade e velocidade. Pode se tornar um grande jogador. Ele lembra Anderson (hoje no Manchester United) no começo de carreira. 
Corinthians e Santos não saem do zero

Na decisão paulista, tudo igual no Pacaembu. Paradoxalmente, melhor para o Timão. Apesar de não ter conseguido fazer o resultado na partida disputada "em casa", a equipe de Tite saí na frente por dois motivos: o Santos tem jogo no meio de semana pela Libertadores e Paulo Henrique Ganso se lesionou e não deve vai jogar a finalissíma na Vila. 

Destaques

Santos: Neymar, Neymar, Neymar. Ele assumiu o papel de protagonista. Mesmo com a má atuação de Elano e a contusão de Ganso, conseguiu fazer um bom jogo.

Corinthians: A equipe de Tite vêm evoluindo gradativamente. Vale destacar Paulinho, o jovem Willian que sempre que entra melhora o time e o ótimo Liedsón que sempre jogou em alto nível pelo Timão.

3 de mai. de 2011

Més que un club

Mais uma vez, deu Barça. Os catalães jogaram com autoridade diante do Real Madrid no Camp Nou e , apesar de empatarem em 1 a 1,  vão para o estádio de Wembley disputar a final, mesmo local da conquista do primeiro título da equipe na Champions League, em 1992. A partida será realizada no próximo dia 28. Se der a lógica no outro confronto, eles irão enfrentar o Manchester United. 
Mosaico representando a frase "Mais que um clube" em catalão


Como o esperado, o Barça domina o jogo

Dessa vez o Real Madrid tentou jogar. Entrou em campo com apenas dois volantes, o ótimo Xabi Alonso e o fraco Lass Diarra. Na criação, Kaká no meio, Di Maria na direita, Cristiano Ronaldo na esquerda .Higuaín  isolado a frente. A ideia de Mourinho era retornar ao 4-2-3-1 que conduziu o Real até a semi-final . Os "blancos" tinham que tentar reverter o resultado adverso no primeiro jogo (2 a 0, ambos de Lionel Messi). Não conseguiram.

O meio de campo dos blaugranas envolvia nos toques curtos e na posse de bola. O 4-3-3 que simboliza a equipe de Pep Guadiola desde 2008 foi efetivo e belo, como sempre. O Barça controlava o jogo. Na maioria das vezes tocando de primeira,  explorando principalmente o lado direito do ataque onde Messi, inteligentemente, se colocava. O objetivo do argentino era explorar a deficiente marcação de Marcelo e Ricardo Carvalho que recebeu cartão amarelo aos 13 minutos. Mas o domínio não representava, ainda, chances claras de gol.

Casillas foi crucial no empate no Camp Nou

A partir da metade da etapa inicial, elas surgiram naturalmente. O Barça só não marcou porque esbarrou numa ótima exibição de Iker Casillas. Aos 21', ele salvou uma cabeçada de Sergio Busquets  quase na pequena área. Dez minutos mais tarde, Messi recebeu na direita, driblou Marcelo e Carvalho e deu um lindo chute no canto direito de do goleiro que voou e salvou.. Ainda no primeiro tempo, Casillas foi crucial defendendo chutes de Villa e mais uma vez dele, Lionel Messi.

Gols no segundo tempo e a equipe do Real Madrid perde a cabeça


O Real começou partindo para cima. Logo aos dois minutos, CR7 partiu com a bola em velocidade na intermediária, tocou para Higuaín que completou para a rede. Mas, o árbitro belga Frank de Bleeckere anulou o gol, alegando que o português teria cometido falta em Mascherano. Gol mal anulado. CR7 trombou com Piqué e na queda esbarrou no volante argentino. O toque do português não tinha força para derrubar nem uma pulga. 

Sem sofrer após o gol anulado, o Real marcava pressão a saída de bola adversária. E foi justamente num lance desse que surgiu o gol catalão. Aos 8' do segundo tempo, nada mais nada menos do que SEIS jogadores marcavam no campo de defesa do Barça a saída de bola do goleiro. O que eles não esperavam é que Valdés conseguisse dar um passe excepcional para Dani Alves na intermediária que avançou e, marcado por Ricardo Carvalho,  tocou para Iniesta. Este, com espaço para pensar a jogada, enfiou em profundidade no buraca entre Marcelo e Albiol . Pedro, sozinho, recebeu em velocidade e tirou o zero do placar. Golaço com a marca do Barcelona.

O Real mudou após o gol. Entraram Abebayor e Ozil e saíram os apagados Higuaín e Kaká. Mudou mesmo. Di Maria foi para a esquerda, com o alemão e CR7 se revezando pela direita e pelo meio. Mais velocidade  na saída com a mesma marcação pressão. Deu certo. Xavi Alonso interceptou um passe de Iniesta no campo de ataque , a bola sobrou para Di Maria que driblou Mascherano e chutou forte na trave. A bola voltou nele que só rolou para Marcelo completar de carrinho para as redes. 

A equipe merengue depois do gol tentou assumir as redeás do jogo. Na metade do segundo tempo, a posse de bola chegou a ficar dividida em 50%. Algo irreal na fase atual da equipe catalã ( a última vez que um time teve mais posse de bola que o Barça foi em 2008). E realmente era. 

Dez minutos depois, o Barça já reassumiu o jogo. Com os toques curtos, os blaugranas controlavam  a bola e os atletas do Real perderam a cabeça. Lass Diarra e Abebayor poderiam ter sido expulsos. Marcelo também deu um carrinho criminoso em Messi. O argentino revidou na bola, com uma caneta em Ricardo Carvalho.

Jogadores do Barça comemoram o gol de Pedro

Entre as caneladas do Real e as canetas de Messi, o jogo seguiu até o fim. O único lance de destaque até a consagração do Barça foi a entrada de Abidal no campo. O lateral francês que retirou um tumor no fígado há menos de dois meses, foi aclamado pelas 95 mil pessoas no Camp Nou. Um show de dignidade dos catalães. Um show de bola dos atletas. 

Com certeza, esse time é "Mais que um clube".



2 de mai. de 2011

Será que o bonde está preparado para o Brasileirão?

É o 32º título carioca da história do Flamengo
A vitória foi da competência. Eficiência. O time com os melhores jogadores do estado venceu os dois turnos e, apesar de não empolgar, conquistou um título invicto. É a 32ª taça do clube da Gávea, ou melhor, do Ninho do Urubu como Luxemburgo faz questão de salientar em cada entrevista coletiva. A hegemonia foi ampliada (o clube mais próximo é o Fluminense com 30). Oito dos últimos 13 estaduais são rubro-negros, nos últimos cinco, anos o Fla venceu quatro Cariocas.

A campanha  flamenguista, em números, é inquestionável: 12 vitórias e sete empates. 30 gols marcados, apenas 13 sofridos. Aproveitamento de 75%. Menor do que outras conquistas invictas do clube  (81% em 1979 e 87% em 1996), mas que justificam um título sem derrota.  Por outro lado, o aproveitamento foi superior, por exemplo, ao do Cruzeiro no  campeonato Brasileiro de 2003.  Um feito nada desprezível.

Números que podem esconder as deficiências do time.

Luxemburgo ainda não encontrou aformação ideal. A deficiência crônica na lateral esquerda, a falta de gols (a média 1,57 gols/jogo no estadual) e de criatividade para criar jogadas ofensivas são preocupantes. Além da zaga que não mostra segurança apesar dos poucos sofridos. 

É consenso de que a "cozinha" precisa de reforços (o clube praticamente já acertou com zagueiro Gustavo do Boavista e a presidente Patricia Amorim sonha com Juan da Roma). Para a lateral esquerda,  os nomes de Fábio Aurélio do Liverpool  e Júnior César do São Paulo são ventilados.  No ataque, o sonho é o artilheiro do Amor, Vagner Love. Emerson que rescindiu com o Flu, Fernandão (sem espaço no SP), Ricardo Oliveira, André (ex-Santos) e até Grafite (do Wolfsburg) são opções para entrar no "bonde".

Para o blogueiro, o "bonde" precisa aumentar
Eu ainda vejo a necessidade de mais um volante para o lugar de Maldonado, machucado, só volta em outubro.  Renato não marca como antes, Fierro não é digno de confiança. Muralha, João Vitor e Lorran são jovens ainda, talvez a titularidade pese. 

E você, acha que o "bonde sem freio" está preparado para o Brasileirão?




Abaixo, seguem alguns números sobre séries invictas. Os dados são do jornalista Paulo Vinícius Coelho, da ESPN.

AS MAIORES SÉRIES RUBRO-NEGRAS SEM DERROTA
1. 52 jogos (1978 a 1979) - 43 vitórias, 9 empates
2. 31 jogos (1977) - 20 vitórias, 11 empates
3. 29 jogos (1976) - 22 vitórias, 7 empates
4. 28 jogos (1996) - 20 vitórias, 8 empates
5. 25 jogos (1924/25) - 22 vitórias, 3 empates
6. 24 jogos (1954) - 20 vitórias, 4 empates
    24 jogos (2010/11) - 15 vitórias, 9 empates

OS INVICTOS NA HISTÓRIA DO BRASIL

1-Botafogo (52 jogos, entre 1977/78)
Flamengo (52 jogos, entre 1978/79)
3-Desportiva-ES (51 jogos, entre 1967/68)
4-Bahia (48 jogos, em 1982)
Grêmio (48 jogos, entre 1931/33)
Santa Cruz (48 jogos, entre 1978/79)
7-São Paulo (46 jogos, em 1975)
8-Grêmio (42 jogos, em 1981)
9-Sport (40 jogos, em 1960)
10-Internacional (39 jogos, em 1984)
11-Botafogo (38 jogos, entre 1960/61)
Internacional (38 jogos, em 1975)